A Fifa anunciou nesta segunda-feira (23) a suspensão por cinco anos de Ahmad Ahmad, presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), por corrupção e desvio de dinheiro. A entidade também aplicou ao dirigente uma multa de 200 mil francos suíços (R$ 1,2 milhões na cotação atual).
Ahmad, 60, está à frente do futebol africano desde março de 2017 e é candidato a um segundo mandato na CAF. O dirigente foi colocado sob custódia policial por suspeita de corrupção em junho de 2019, em Paris, depois que Amr Fahmy, ex-secretária-geral da CAF, foi demitida após fazer acusações de corrupção ao presidente da federação em um documento enviado à Fifa.
O documento, enviado a um comitê de investigação da Fifa, acusou Ahmad de ordenar que seu secretário-geral depositasse propinas no valor de 20 mil dólares (R$ 120 mil) em contas de presidentes de associações de futebol africanas, entre eles os de Cabo Verde e Tanzânia. Além disso, o dirigente foi acusado de gastar 830 mil dólares (R$ 5 milhões) em equipamentos através de uma empresa intermediária francesa chamada Tactical Steel.
No comunicado oficial, o Comitê de Ética da Fifa afirmou que Ahmad Ahmad “falhou no dever de lealdade, concedeu presentes e outros benefícios, administrou fundos inadequadamente e abusou de sua função como presidente da CAF”.
O dirigente que estava afastado de suas funções após testar positivo para a Covid-19, agora ficará proibido por cinco anos de exercer “qualquer atividade relacionada com o futebol a nível nacional e internacional”. Ahmad poderá tentar reverter a decisão na Corte Arbitral do Esporte (CAS).
No final de outubro, Ahmad havia anunciado que seria candidato, em 2021, a um segundo mandato à frente da CAF.
Crédito imagem: AFP
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