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FIFPro cita sequência de jogos, contusões e pede que Premier League reconsidere regra das cinco substituições

Os clubes da Premier League ainda não agendaram uma terceira votação para permitir cinco substituições durante as partidas, apesar da crescente pressão para reconsiderar, uma decisão que foi descrita como “peculiar” pelo diretor médico do sindicato de jogadores FIFPro que decidiu manter em apenas três alterações.

O técnico do Manchester City, Pep Guardiola, e Jurgen Klopp do Liverpool estavam entre os treinadores que expressaram preocupações sobre o bem-estar dos jogadores no fim de semana em meio à lista de jogos constantes causada pela pandemia de Covid-19.

No entanto, está claro que, apesar do apelo dos treinadores dos principais times da Premier League para a liga voltar a ter cinco substituições, assim como nas competições da Uefa, os clubes ainda não agendaram nenhuma reunião para tratar sobre o tema.

Uma proposta para permitir cinco substituições e a presença de nove jogadores no banco de reservas foi rejeitada inicialmente em agosto, antes de ser negada novamente em setembro, para o início da temporada 20/21.

Na última sexta-feira (6), a Associação de Futebolistas Profissionais (FIFPro), que representa mais de 60 mil jogadores em todo o mundo, divulgou um comunicado afirmando que a sequência de jogos prejudica a “saúde, bem-estar e desempenho dos jogadores e requer uma revisão urgente e contínua pelos organizadores da competição”.

“Foi estranho a Premier League não permitir cinco substituições. Em todas outras ligas principais da Europa e nos torneios internacionais a medida se faz presente. Seria bom ter a mesma regra em todos os lugares porque dá ao treinador a oportunidade de descansar alguns de seus jogadores e talvez gerir melhor a carga de trabalho. A Premier League é uma das mais afetadas porque é a primeira liga do mundo e atrai jogadores de elite que também jogam futebol internacional”, disse Vincent Gouttebarge, diretor médico da Fifpro ao The Guardian.

Um estudo encomendado pela FIFPro após a Copa do Mundo de 2018 na Rússia descobriu que 64% dos jogadores profissionais de campeonatos de elite acreditavam que não tinham descanso suficiente entre as partidas, com as equipes da Premier League perdendo em média 45 milhões de libras por conta das lesões ao longo da temporada.

Assim como a implementação obrigatória da regra das cinco substituições, eles também recomendaram que os jogadores tenham um mínimo de quatro semanas de férias e uma pausa de duas semanas durante toda a temporada e a criação de um mecanismo para rastrear a carga de trabalho e o impacto de viagens e lesões.

“Já se passaram dois anos desde a nossa pesquisa e temos repetido essa mensagem o tempo todo. Estamos envolvidos nesse ciclo desde setembro, sem nenhuma pausa no meio da semana. É tudo uma questão de carga acumulativa. Cada jogador pode jogar três partidas em oito dias, mas é muito difícil quando você está fazendo isso sem pausa, de forma constante”, completou Gouttebarge.

Crédito imagem: AP

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