Nesta terça-feira (14), a Federação Internacional de Jogadores de Futebol (FIFPro) publicou um comunicado oficial na qual pede reformas no calendário internacional de futebol para reduzir a carga de trabalho dos jogadores, após a FIFA avançar com o estudo que prevê a disputa da Copa do Mundo a cada dois anos.
A entidade disse que qualquer expansão do calendário deve incluir medidas adequadas para a saúde dos jogadores e que as reformas devem facilitar o desenvolvimento do futebol masculino e feminino.
“As propostas que consideram expansões adicionais, como uma Copa do Mundo bienal (bem como outras reformas de competição em discussão) são inadequadas na ausência de soluções para os problemas existentes”, disse a FIFPro.
“Sem a concordância dos jogadores, que dão vida a todas as competições em campo, essas reformas não terão a legitimidade necessária. O debate atual, mais uma vez, segue um processo e uma abordagem falhos”, completou a entidade.
O secretário-geral do FifPro, Jonas Baer-Hoffmann, disse que qualquer projeto para expansão das competições deve ser debatido com os jogadores.
A proposta da Fifa de realizar as Copas do Mundo masculina e feminina a cada dois anos, e não mais a cada quatro, recebeu respostas diferentes de suas confederações membros.
A Uefa, órgão dirigente do futebol europeu, foi uma das entidades a rejeitar a ideia, com seu presidente Aleksander Ceferin alertando que países europeus poderiam boicotar o evento caso fosse aprovado.
A sul-americana Conmebol seguiu a mesma linha e disse ser “inviável” o projeto por conta do calendário apertado.
Já a Confederação Asiática de Futebol (AFC) gostou da proposta, enquanto a Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e do Caribe (Concacaf) reconheceu os méritos de criar um novo calendário.
O presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Patrice Motsepe, disse que as discussões devem continuar “com a mente aberta”.
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