Nesta quinta-feira (13), membros da FIFPro (Sindicato Internacional dos Jogadores de Futebol) entraram com uma ação judicial contra a FIFA pela criação do Mundial de Clubes de 2025. Na visão do grupo, a entidade máxima do futebol agiu unilateralmente no calendário internacional de jogos e que as decisões tomadas violam os direitos dos atletas. A informação foi divulgada pelo ‘ge’.
A Associação de Jogadores Profissionais de Futebol da Inglaterra e a francesa União Nacional de Jogadores Profissionais, com apoio da FIFPro, pediram ao Tribunal de Comércio de Bruxelas para levar o caso ao Tribunal de Justiça da União Europeia. As premissas das entidades são os direitos garantidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, como proibição de trabalho forçado, liberdade de trabalho, negociar acordos coletivos, ter condições saudáveis de trabalho, e período anual de férias remuneradas.
Com a criação do novo Mundial de Clubes, disputado com 32 times, serão três anos seguidos com competições internacionais marcadas para junho e julho (Eurocopa/Copa América em 2024, Mundial de Clubes em 2025 e Copa do Mundo em 2026). Tradicionalmente, esse é o período de férias no futebol europeu. A FIFPro e a Associação Mundial das Ligas (WLA) haviam ameaçado a FIFA com ações legais por causa desse calendário.
“Uma vez que todas as tentativas de diálogo falharam, agora cabe a nós garantir que os direitos fundamentais dos jogadores sejam plenamente respeitados, levando a questão para os tribunais europeus e, portanto, ao Tribunal de Justiça da União Europeia. Não se trata de estigmatizar uma determinada competição, mas de denunciar tanto o problema subjacente como a gota d’água que fez o copo transbordar”, declarou o presidente da FifPro Europa, David Terrier.
Na época da declaração, a FIFA rebateu a FIFPro e a WLA, alegando que houve consultas com confederações continentais, ligas, clubes e jogadores, além de que organiza “uma pequena fração” de partidas de clubes por ano.
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