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FIFPro se mostra preocupada com realização da Copa América no Brasil e declara apoio a jogadores que não quiserem participar

A Federação Internacional de Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) divulgou nesta terça-feira (1) um comunicado sobre a realização da Copa América no Brasil. Nele, a entidade se diz preocupada com o fato de o país lidar com “um número alarmante de casos de Covid-19” e declara que “apoiaria totalmente qualquer jogador que decidir desistir do torneio por razões de saúde e segurança”.

“A FIFPRO tem sérias preocupações com o processo de realocação da Copa América e com o planejamento tardio que fez com que um novo anfitrião fosse alocado poucos dias antes do início do torneio. Além de ser curto prazo, o host alternativo [Brasil] está lidando com um número alarmante de casos COVID-19”, diz a entidade em nota.

A organização que representa os jogadores de futebol profissionais a nível mundial destacou que “realizar um torneio nessas circunstâncias requer uma preparação avançada extremamente boa. Portanto, esta decisão pode ter sérias implicações para a saúde dos jogadores de futebol profissionais, funcionários e público em geral”.

Defendida pelo Governo Federal, a realização da Copa América em território brasileiro foi judicializada e será julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias. Ao menos duas ações pedem que o torneio seja impedido de ser realizado.

A Copa América está prevista para ser disputada entre os dias 11 de junho e 10 de julho.

Confira o comunicado da FIFPro

“A FIFPRO tem sérias preocupações com o processo de realocação da Copa América e com o planejamento tardio que fez com que um novo anfitrião fosse alocado poucos dias antes do início do torneio.

Além de ser curto prazo, o host alternativo está lidando com um número alarmante de casos COVID-19. Realizar um torneio nessas circunstâncias requer uma preparação avançada extremamente boa. Portanto, esta decisão pode ter sérias implicações para a saúde dos jogadores de futebol profissionais, funcionários e público em geral.

Junto com outras partes interessadas do futebol internacional, a FIFPRO deixou claro, desde o início da pandemia COVID-19, que a saúde pública e a segurança devem ser a prioridade absoluta para a indústria do futebol, especialmente durante estes tempos extraordinários.

Como a pandemia continua afetando os serviços de saúde pública em toda a América do Sul, respeitosamente pedimos à CONMEBOL que tome todas as medidas necessárias para garantir que a competição não coloque os jogadores em risco.

O plano mais recente para providenciar – em um prazo extremamente curto – centenas de jogadores de futebol para competir em um torneio de tal complexidade deixa uma incerteza aberta para cada um deles e suas famílias.

Nas atuais circunstâncias, a FIFPRO apoiaria totalmente qualquer jogador que decidir desistir do torneio por razões de saúde e segurança.

Tal como acontece com as competições de seleções nacionais anteriores durante o período de emergência COVID-19, os jogadores devem ser capazes de priorizar a sua própria saúde e a de suas famílias, sem o risco de sanções”.

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