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Futebol irá encolher, e crise deve atingir salários de aletas

A crise provocada pelo novo coronavírus é inimaginável. Nos prendeu em casa, colocou famílias de luto no mundo inteiro, freou a economia e parou com o futebol. Especialistas ainda fazem contas, mas o negócio futebol – assim como vários ramos da economia no planeta – irá encolher, o que deve provocar uma diminuição nos salários.

Eu participei de um evento do Instituto Iberoamericano de Direito desportivo em que o presidente da La Liga, Javier Tebas, também esteve. No seminário Tebas afirmou que para equilibrar as contas os clubes serão obrigados a “reduzir salários (dos jogadores), não há outra escolha”. E, foi além, afirmou que “operações que excederem seu valor econômico real não serão permitidas”. Ou seja, clube que não respeitar seu limite econômico será punido.

Em outra conversa, agora com o presidente do Grêmio, a mesma leitura. Romldo Bolzan disse no programa Preleção de Ideias que é preciso esperar para ver até onde a crise atingirá o esporte, mas se as receitas com patrocínio, direitos de transmissão, estratégias de marketing e com sócios diminuírem significativamente “será necessário investir menos no futebol, pagando menos aos atletas. Esse seria o único caminho responsável”.

A gestão de Romildo no Grêmio se tornou referência no Brasil. Com os pés no chão, e os olhos no cofre, acertou as finanças do clube, montou um time competitivo e recolocou o tricolor gaúcho entre os protagonistas do futebol brasileiro.

A leitura dele é a mesma de Tebas. E de quem estuda e pesquisa o esporte.

Com a crise, o futebol está encolhendo. Segundo especialistas, o mercado global de patrocínio no esporte deve ter uma retração de mais de 30%. A Transfermarket, empresa especializada em mercado do futebol, já publicou que o valor global dos atletas caiu cerca de 20%.

E nessa hora, não há espaço para aventuras.

O futebol tem mostrado que irresponsabilidade, amadorismo e inadimplência trarão prejuízos gigantes, financeiros e desportivos. Os resultados de campo já comprovam isso.

O futebol exige gestões profissionais, comprometidas com ética, transparência e projetos de integridade. E essas só assumem compromissos que podem cumprir. E, são essas gestões que irão fazer com que o futebol se recupere da crise mais rapidamente.

Quem não entendeu isso irá dançar. Aliás, já está dançando. E nem precisa dar exemplos, até porque são muitos.

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