A TV Globo não vai transmitir a final da Taça Rio, na próxima quarta-feira, entre Fluminense e Flamengo. Nesta segunda-feira (6), a juíza Eunice Bitencourt Haddad, da 24ª Vara Cível do Rio de Janeiro, determinou que a liminar concedida por ela na sexta-feira (3) a favor da Federação de Futebol do Rio (FERJ) não é válida para jogos do Flamengo, porque o rubro-negro não tinha contrato com a emissora carioca para a transmissão das partidas do estadual do Rio.
“Com efeito, conforme esclarecido, a liminar foi deferida “na forma do contrato”. A controvérsia instaurada diz respeito tão somente à rescisão contratual, por iniciativa das ora rés, em relação ao contrato formado com a Ferj. De modo que a liminar não alcança as partidas com participação do Flamengo, já que se limitou a tornar sem efeito a rescisão unilateral de contrato, em que tal clube não figurou como aderente” escreveu a juíza, em sua decisão.
A esperança da FERJ se dava na confirmação do Fluminense como mandante da final da Taça Rio.
A TV Globo rescindiu o contrato com a FERJ alegando que houve quebra do contrato de exclusividade para transmissão do campeonato por conta da transmissão de Flamengo x Boavista na FlaTV. A ação do clube foi amparada pela Medida Provisória 984, editada pelo presidente Jair Bolsonaro e que dá ao clube mandante o direito de arena.
Com a decisão da Globo, o Fluminense, mandante da partida, fica livre para negociar os direitos de transmissão da final da Taça Rio.
Em nota oficial, a Globo “reitera seu entendimento de que o contrato foi rescindido e reafirma que os clubes estão livres para ceder os direitos sobre seus jogos ou transmiti-los”.
A FERJ criticou a Globo, mas não informou quais medidas vai tomar. “A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro faz saber que tomou conhecimento pela imprensa que a Globo Comunicação e Participações S.A. veio a público informar que não transmitirá a final da Taça Rio a ser realizada no dia 08/07/2020 entre o Fluminense Football Club e o Clube de Regatas Flamengo. A emissora distorce, às escâncaras, a ordem judicial a qual está submetida, criando subterfúgios literários para justificar sua intenção de descumprir o contrato em vigor (por força de decisão judicial) de transmissão do Campeonato Estadual da Série A de Profissionais”, informou a entidade, também por nota oficial.
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