Search
Close this search box.

Grande mercado de trabalho do esporte eletrônico

Por Layla Rodrigues

Quando falamos em esporte eletrônico nos vem à mente, computadores, consoles, celulares, entre outros equipamentos que nos levam para dentro de uma realidade que é considerada virtual. Somos inseridos dentro de jogos ou de mundos fictícios que nos permitem viver experiências novas, ainda que parados dentro das nossas salas e quartos.

Porém, os jogos eletrônicos transcenderam as paredes das nossas casas e dos fliperamas, hoje o mundo está conectado através da internet e das redes sociais, vivemos uma vida que mesclasse entre o real e o virtual.

Decorrente desta nova realidade que estamos enfrentando, podemos perceber que existe um grande mercado de trabalho possibilitado pelos jogos eletrônicos, como a criação de jogos, administração destes jogos, o teste de mercado, a própria divulgação dos produtos, a mediação dentro de jogos, correções de problemas, e muito além.

Hoje, trabalhar com jogos eletrônicos ou com o esporte eletrônico não é mais uma realidade distante, o que vemos são empresas que desenvolvem jogos, pessoas que patrocinam time de esporte eletrônico, organizações que criam campeonatos de jogos eletrônicos, bem como todo um amplo comércio sistemático que se estende ao redor deste novo mercado.

Os jogos eletrônicos atualmente geram aproximadamente 2 bilhões de dólares anuais em 2022 e a expectativa para o ano de 2023 é que mova pelo menos 2,6 bilhões de dólares, conforme estudos da empresa de análise de dados Newzoo. Ainda, a mesma empresa de pesquisa concluiu que cerca de 165 milhões de pessoas em todo o mundo acompanham partidas de esporte eletrônico com frequência. Não é à toa dizer que o cenário move milhões de empregos.

Logo, é um erro achar que não existe interesse social para que os jogos eletrônicos cresçam cada vez mais, principalmente financeiros e econômicos.

Porém, nem sempre enxergamos as atividades e empregos que existem em decorrência dos jogos eletrônicos e dos esportes eletrônicos. Mas é certo dizer que todo cenário de esporte eletrônico movimenta profissionais, pessoas que precisam estar capacitadas, ter conhecimento e uma formação para que possam atuar de forma adequada, concisa e próspera dentro deste cenário.

De modo geral podemos dizer que atuar dentro do esporte eletrônico não é mais um privilégio de poucos, é possível até dizer que o mercado está em busca de profissionais capacitados para a ampliação de seu segmento.

Inclusive existem profissões dentro do cenário de jogos eletrônicos que não existiam antes da solidificação do esporte eletrônico, temos ainda profissões que apesar de não terem sido originalmente criadas por esporte eletrônico ou para se beneficiar dos jogos eletrônicos, invariavelmente acabaram se ligando de forma direta a esta modalidade, como por exemplo os streamers, advogados, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, entre outros.

Inclusive projetos que trabalham para profissionalizar e ao mesmo tempo levar a comunidade carente as profissões do futuro tem sido algo que trouxe um novo momento para assistenciais sociais, como o AfroGames, que atua no Rio de Janeiro e conta com mais de 827 alunos e mais de 2.500 horas de aula no ano de 2022.

Existem diversas profissões ligadas ao esporte eletrônico dentre elas podemos citar algumas, tais como: jogador profissional de esporte eletrônico, mais conhecido como atleta, toda a staff que decorre do treinamento e da criação de uma line de time de esporte eletrônico (Coach, Manager, analista, head Line), além de profissões que apesar de serem solidificadas no mundo Empresarial passaram a ser também bem vistas dentro do esporte eletrônico. Necessário citar ainda que temos atividades como social media, Streamer, influencer, entre outras profissões deste meio, ligadas a comunicação.

Todas estas profissões, todas essas categorias, necessitam da comunidade do esporte eletrônico, de um cenário bem estabelecido, de organizações de campeonato idôneas, e, ainda, de que as desenvolvedoras e publichers se comprometam com o desenvolvimento e a evolução dos jogos. Consequentemente podemos entender que o esporte eletrônico é essencialmente privado e, com tal, depende de empresas para que funcione perfeitamente.

De todos esses pontos podemos então estabelecer algumas atribuições obrigatórias para aqueles que querem trabalhar dentro do esporte eletrônico e compreender o mercado que o esporte eletrônico movimenta anualmente.

Primeiro e mais importante ponto é que aquele que quer trabalhar dentro do esporte eletrônico precisa estar atualizado e conectado nas mais diversas redes sociais que existem, estou falando de Instagram, Facebook, LinkedIn, TikTok, Twitter, entre outras redes. É importante que esta pessoa crie conteúdo de mídia ou que divulgue o seu trabalho ou que mostre as suas atividades para que o cenário a reconheça como especialista e que tenha interesse em seus serviços ou ainda o admire e o torne relevante para a comunidade.

Segundo ponto, é que a pessoa que quer trabalhar dentro do mercado do esporte eletrônico precisa conhecer os jogos, não necessariamente todos os jogos, mas ao menos aqueles com os quais pretende trabalhar ou ter uma visão geral do mercado, conhecendo as especificações e também as personalidades mais relevantes dentro daquele jogo.

Terceiro e último ponto, igual para todos, é a busca pelo Network. Conhecer pessoas é essencial para que o profissional consiga se integrar dentro do mercado do esporte eletrônico. É importante destacar que o esporte eletrônico em si é o que chamamos de “panelinha”, ou seja, muitas pessoas querem entrar, poucas pessoas possuem grande parte da audiência e/ou do poder de influência dentro do cenário. Por isso, conhecer pessoas, estar disposto a ajudar, estar disposto a fazer parte da comunidade, é extremamente relevante para sua carreira dentro do esporte eletrônico.

Estes pequenos detalhes com toda a certeza fazem a maior diferença entre aqueles que são capazes de ingressar dentro do mercado do esporte eletrônico e aqueles que perduram em suas tentativas e não são capazes de integra-lo.

Assim, é necessário que se tenha em mente que o esporte eletrônico é um mercado de trabalho seletivo e em franco crescimento, ao qual o ingresso decorre de um esforço diário e de uma busca por atualização constante, sendo que não basta ter o conhecimento, é preciso utilizar-se das ferramentas disponíveis (como redes sociais) para crescer profissionalmente.

O mercado é grande, mas os profissionais são raros. Uma excelente oportunidade para quem está buscando novas profissões ou mesmo um novo nicho de mercado.

Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo


Layla Rodrigues, advogada formada em 2009 pela FADI, pós – graduada em Direito e Processo do Trabalho pela LEGALE, com especialização em Direito Desportivo pelo Direito Contemporâneo, professora do Curso Gestão de Negócios para time E-sport, palestrante na área de esports, escritora do Ebook “Conheça as Profissões no E-sport”.

Compartilhe

Você pode gostar

Assine nossa newsletter

Toda sexta você receberá no seu e-mail os destaques da semana e as novidades do mundo do direito esportivo.