O Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, órgão sem fins lucrativos que luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+, protocolou no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) uma notícia de infração contra o Flamengo pelos cantos homofóbicos entoados por seus torcedores no clássico contra o Fluminense, no último sábado.
A ONG narra no documento que flamenguistas cantaram uma música em que dizem “tricolor viado, passa maquiagem e dá o c* depois”. Aponta ainda que não se trata de um episódio isolado e que a canção foi entoada em outros jogos recentes entre os rivais.
O grupo também destacou a importância da atuação da Justiça Desportiva diante de casos semelhantes, citando o precedente envolvendo o Flamengo, que resultou em condenação por cantos homofóbicos em partida contra o Grêmio, válida pela Copa do Brasil de 2022, conforme decisão da 1ª Comissão Disciplinar do STJD.
Diante disso, a organizada pede que a Procuradoria denuncie o Rubro-Negro pela infração cometida.
Casos dessa natureza são enquadrados no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em “praticar atos discriminatórios relacionados a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência” e prevê punições que vão de multas financeiras até exclusão do campeonato.
Importante destacar que a denúncia apresentada pelo Grupo Arco-Íris tem respaldo no artigo 74 do CBJD.
Crédito imagem: Paula Reis/Flamengo
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