A Human Rights Watch, organização não-governamental em defesa dos direitos humanos, elogiou as novas diretrizes do Comitê Olímpico Internacional (COI) para atletas transgêneros. De acordo com a entidade, esse é um “passo significativo para proteger a dignidade de todas as mulheres atletas”. A informação foi revelada pelo GE.
O Lei em Campo ouviu especialistas nesta semana sobre as novas orientações do COI. A entidade descreveu dez princípios que servirão como guia para as Federações Internacionais definirem os critérios de elegibilidade e os regulamentos para seus próprios esportes.
Em comunicado, a Human Rights Watch diz que a nova estrutura disponibiliza “forte orientação sobre os direitos humanos” e é diferente das “políticas de teste de sexo” adotadas pela World Athletics (Federação Internacional de Atletismo), que é contra as mudanças feitas pelo COI.
“A nova estrutura do COI representa uma virada para os direitos fundamentais dos atletas e um impulso para a inclusão das mulheres nos esportes em todo o mundo. Colocando em primeiro plano os direitos à autonomia corporal, saúde e privacidade, o COI deu um passo significativo para proteger a dignidade de todas as mulheres atletas”, afirmou Minky Worden, diretora de iniciativas globais da Human Rights Watch, que acrescentou:
“O COI esclareceu que, embora regulamentar o jogo limpo seja um compromisso válido para as autoridades do esporte, cometer violações dos direitos humanos no processo não o é. Políticas que são inerentemente discriminatórias – como regulamentos de teste de sexo – vão contra os compromissos do Movimento Olímpico com dignidade e igualdade para todos, e a nova estrutura do COI deixa claro que o teste de sexo deve ser relegado aos livros de história do esporte”.
O caso mais famoso envolvendo esse tema aconteceu recentemente e envolveu Caster Semenya, da África do Sul, que perdeu um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS) para anular as regras da World Athletics sobre elegibilidade.
Crédito imagem: Flickr
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