Nem o mais pessimista poderia ter previsto tamanho caos mundial. Da mesma forma como nem o mais pessimista torcedor do Liverpool poderia imaginar que o título da Premier League deste ano estaria sob qualquer risco. Com o Liverpool abrindo 25 pontos de vantagem sobre o segundo colocado na tabela, o Manchester City, faltando apenas 9 jogos para o fim da liga, muitos esperavam que nas próximas semanas o Liverpool já estaria comemorando o tão sonhado título de forma histórica. Isto é, não fosse o vírus.
Como na maioria das coisas desta vida (e como sempre no futebol), não há certezas absolutas. A situação atual é tão insólita, que não há uma previsão específica sobre o que acontecerá com o título da liga inglesa deste ano caso as últimas rodadas não sejam jogadas. A Premier League está suspensa até o dia 3 de abril de 2020. Porém, caso o Reino Unido fique sitiado (lockdown) por razões de saúde, este período de suspensão pode ser estendido consideravelmente. Assim, caso não seja possível a realização das últimas 9 rodadas até o dia 30 de junho (quando a temporada atual termina), as possibilidades de solução do impasse seriam (segundo a BBC):
i. Declarar a temporada nula, e recomeçá-la na próxima temporada com as mesmas equipes que começaram a atual temporada;
ii. Permitir o acesso e o rebaixamento para os clubes de acordo com suas atuais posições; ou
iii. Disputa em sistema de mata-mata.
Longe do ideal, tendo em vista a campanha sensacional do Liverpool e da batalha dos times da zona do rebaixamento, essas hipóteses são extremamente controversas. Portanto, não é mais possível dizer que o título do Liverpool é garantido tendo em vista que a anulação do campeonato ainda está em pauta.
Segundo especialistas assessorando o governo Britânico, o pico do vírus pode acontecer entre as próximas 10 e 14 semanas. O que parece mais provável, neste mundo de incertezas, é que o período de suspensão da Premier League será estendido.
O que nos resta agora é observar como serão as próximas semanas e a correlação entre tempo e progressão do número de casos confirmados do vírus. E, é claro, obedecer a orientação dos cientistas e médicos sobre como devemos nos portar nestes tempos tão difíceis.