Uma investigação independente concluiu, nesta terça-feira (9), que a Agência Mundial Antidoping (WADA) não favoreceu a China no caso de 23 nadadores do país que foram liberados para competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, após testarem positivo para uma droga proibida.
De acordo com a ‘Reuters’, um relatório do promotor e investigador principal suíço Eric Cottier concluiu que não havia nada no arquivo que sugerisse que a WADA favoreceu de alguma forma os 23 nadadores que testaram positivo para trimetazidina (TMZ), um medicamento que aumenta o fluxo sanguíneo para o coração.
Os nadadores foram inocentados por uma investigação chinesa que disse que eles foram expostos à droga por contaminação. O relatório concluiu que os atletas estavam hospedados em um hotel onde traços da substância foram descobertos na cozinha.
Por sua vez, a WADA disse que não tinha evidências para contestar as conclusões da China e que um advogado externo havia desaconselhado a apelação.
A investigação de Cottier chegou a uma conclusão semelhante, não encontrando irregularidades por parte da revisão da WADA da decisão da Agência Antidoping da China (CHINADA) e que ela havia abordado todas as questões relevantes para determinar se deveria ou não apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS).
“Todos os elementos levados em consideração pela WADA, sejam eles provenientes do arquivo produzido pela CHINADA com sua decisão ou dos procedimentos de investigação que ela realizou, mostram que a decisão de não apelar é razoável, tanto do ponto de vista dos fatos quanto das regras aplicáveis”, escreveu Cottier em seu relatório.
A WADA defendeu sua forma de lidar com o caso envolvendo os chineses e acolheu o relatório que justifica seu processo.
Um relatório mais completo é esperado nas próximas semanas e pode incluir recomendações. Contudo, o presidente da WADA, Witold Banka, enfatizou que isso não mudará nenhuma das descobertas do resumo inicial.
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