O Japão declarou nesta sexta-feira um terceiro estado de emergência para Tóquio e três prefeituras urbanas ocidentais em meio ao ceticismo de que será o suficiente para conter um rápido ressurgimento do coronavírus. O anúncio oficial se deu há 90 dias da data marcada para início das Olimpíadas e reforçam rumores sobre cancelamento dos jogos.
Um dos líderes políticos mais influentes do Japão disse recentemente que os jogos poderiam ser cancelados se se a pandemia do coronavírus não puder ser controlada.
Os comentários de Toshihiro Nikai – secretário-geral do governante Partido Liberal Democrata – indicam que as discussões estão ocorrendo nos bastidores para um curso potencial de ação caso o pior cenário se concretize.
“Se parece impossível continuar com os jogos, eles definitivamente devem ser cancelados”, disse Nikai em uma entrevista à estação de televisão japonesa TBS.
É cada vez maior a oposição da população japonesa a realização dos jogos. Na pesquisa realizada pelo jornal ‘The Japan Times’, que ouviu cerca de 3 mil pessoas durante quase um mês, 72% das pessoas reforçaram a opinião de que os Jogos deveriam ser cancelados ou adiados, alegando a pandemia como o principal fator.
O primeiro-ministro Yoshihide Suga anunciou nesta sexta estado de emergência para Tóquio, Osaka e seus dois vizinhos ocidentais, Kyoto e Hyogo, de 25 de abril a meados de maio.
As medidas desta vez devem incluir pedidos de paralisação de bares, lojas de departamentos, shoppings, parques temáticos, bem como teatros e museus. Os restaurantes que não oferecem bebidas alcoólicas e serviços de transporte público devem terminar mais cedo. As escolas permanecerão abertas, mas as universidades devem retornar às aulas online.
O fim da emergência em 11 de maio, pouco antes da visita do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Back, ao Japão, gerou especulações de que o governo estaria priorizando a programação olímpica em detrimento da saúde das pessoas.
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