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Jean Carlos, do Náutico, é suspenso por 10 jogos por expulsão e tentativa de agressão a árbitra

Em julgamento na noite desta segunda-feira (16), o TJD-PE (Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco) aplicou dez partidas de suspensão ao meia Jean Carlos, do Náutico, pela expulsão e reclamação contra a árbitra Deborah Cecília na final do Campeonato Pernambucano. Como a pena será cumprida apenas no Estadual do ano que vem, o jogador está liberado para atuar pelo Timbu na Série B do Campeonato Brasileiro.

Por maioria dos votos, os procuradores do tribunal acataram a sugestão da defesa do meia de desqualificar o artigo em que Jean Carlos havia sido denunciado, por tentativa de agressão, e que previa punição mínima de 90 dias (três meses).

Diante disso, Jean Carlos recebeu a pena máxima de seis jogos de suspensão pelo art. 258 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que fala em “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código”. O meia também foi punido no art. 254-A, que pune aquele que “praticar agressão física durante a partida, prova ou equivalente”.

Durante o julgamento, Jean Carlos voltou a dizer que não tentou agredir a árbitra.

“Jamais tentei agredi-la verbalmente ou fisicamente. Eu tentei explicar que tentei tirar o braço. Mostrar pra ela que não tinha dado a cotovelada. No começo eu disse: ‘Tá de sacanagem, eu tirei o braço’. E depois fiquei repetindo: ‘Eu tirei o braço, eu tirei o braço’, nada mais”, disse.

Deborah Cecília, que também participou do julgamento, voltou a dizer que se sentiu ameaçada.

“Eu procurei dar dois, três passos para trás e estiquei meu braço como forma de reflexo, como uma autodefesa. Se não ele viria até a mim e eu iria cair para trás, sentada. O vídeo mostra a possível agressão, de uma possível peitada ou um murro. Tanto que ele teve que ser contido pelos outros jogadores”, declarou.

Caso queira, a Procuradoria do TJD-PE pode recorrer da decisão.

Crédito imagem: Reprodução

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