A janela de transferências internacionais do futebol brasileiro abriu nesta segunda-feira (20/7). O Corinthians, então, encaminhou documentação para liberação de Jô, que estava vinculado ao Nagoya Grampus, mas o clube japonês não respondeu.
De acordo com o Regulamento de Status e Transferências de Jogadores da FIFA (RSTJ), o clube que recebe o atleta deve solicitar o Certificado de Transferência Internacional (CTI) via Transfer Match System (TMS) para sua federação nacional. No caso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que encaminha esse pedido para a federação japonesa. A entidade tem até sete dias para responder e enviar o CTI.
“Se em sete dias, a CBF não receber o certificado da federação japonesa, pode fazer a inscrição provisória do atleta até que haja uma análise dos órgãos FIFA”, informa Luiz Marcondes, presidente do Instituto Iberoamericano de Direito Desportivo e colunista do Lei em Campo.
O Nagoya Grampus já anunciou em suas redes sociais, em 21 de junho, que o contrato com Jô foi cancelado por justa causa e que encaminhou o caso à Câmara de Resolução de Disputas da Fifa.
O prazo para inscrição de Jô para as rodadas finais da primeira fase do Campeonato Paulista, incluindo o clássico com o Palmeiras, termina hoje e Jô está fora. Segundo regulamento da competição, o Corinthians ainda poderia trocar até quatro jogadores antes das quartas-de-finais, marcadas para o dia 29/7.
O Corinthians corre o risco de não se classificar para a próxima fase da competição e pode até ser rebaixado. Mas se passar para as quartas, pode conseguir escalar Jô, se a CBF liberar a inscrição provisória e relacioná-lo no BID.
Vale lembrar que o Corinthians pode ser punido pela FIFA como aconteceu recentemente com o Athletico-PR no caso Rony. O atleta rompeu com outro clube japonês, o Albirex Niigata, e foi punido com suspensão de quatro meses. O Athetico-PR, clube que o contratou imediatamente depois, está proibido de registrar novos jogadores nas duas próximas janelas de transferência.
