Na última semana tomou força movimento para o cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Desde sua criação na Grécia Antiga, os Jogos Olímpicos representavam a união entre as nações. Durante sua realização, as guerras eram interrompidas no que era denominado “trégua sagrada”.
Na era moderna os Jogos foram cancelados em três oportunidades: 1916 (Berlim) em razão da Primeira Guerra e em 1940 (Tóquio) e 1944 (Londres) por causa da Segunda Guerra.
No ano passado, os Jogos Olímpicos de Tóquio foram adiados para este ano por conta da pandemia da Covid-19 causada pelo coronavírus.
Nas últimas semanas informações de que as Olimpíadas seriam canceladas tem pululado nos sites de notícias e redes sociais.
Não faz o menor sentido o cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Obviamente não há que se negar a existência do coronavírus e seu alto grau de transmissibilidade. No entanto, infecção não significa, nem de longe, risco de morte.
Segundo dados oficiais, o mundo teve cerva de 103 milhões de infectados e 2,23 milhões de mortos. Ou seja, a mortalidade é de 2,23% entre os casos catalogados.
Pesquisas apontam que para cada caso diagnosticado há entre 6 e 10 assintomáticos. Ou seja, a mortalidade tende a ser inferior a 0,5%.
Na faixa etária dos atletas, ou seja, entre 20 e 40 anos, o índice de mortalidade é ainda menor.
Violência, acidentes de trânsito e até o aborto sempre mataram milhões de pessoas e nunca houve qualquer restrição de direitos ou cancelamento de eventos.
Anote-se, aliás, que o aborto, segundo a Organização das Nações Unidas, mata em média 55,9 milhões de pessoas por ano. O câncer mata quase dez milhões por ano.
O fato é que se a análise fosse estritamente racional, não haveria razões sequer para o adiamento dos jogos. Entretanto, dada a histeria e o desconhecimento da época, seria difícil manter os Jogos.
Neste momento, com maior conhecimento, com a aplicação de vacinas e com a queda da histeria, os Jogos não só devem acontecer, mas precisam ser realizados.
Tóquio 2020 pode ser a grande luz a conduzir a humanidade nesse momento de tanta escuridão e tantas narrativas.
Como disse Marquês de Pombal após o grande terremoto que devastou Lisboa em 1755, o momento é de enterrar os mortos e cuidar dos vivos.
No Japão, o suicídio matou mais que o Covid-19. O isolacionismo aumentou a pobreza no mundo que deve causar cerca de 115 milhões de mortes.
A humanidade está atordoada e em pânico com as narrativas criadas pelos Governos para justificar a absurda restrição de direitos fundamentais.
Se na Idade Média pré-iluminista justificava-se atitudes ditatoriais pelo pecado e pelo medo da punição Divina, atualmente, os atos ditatoriais fundamentam-se no medo da Covid.
Qualquer causa morte que seja contada 24 horas nos noticiários chamará a atenção pelo volume e trará medo e histeria.
Como destacou José Saramago no “Ensaio Sobre a Cegueira”, estar cego é também viver em um mundo onde tenha acabado a esperança.
O medo escraviza. O conhecimento liberta. Por isso é necessário um movimento neoiluminista capitaneado pela esperança que as Olimpíadas de Tóquio trarão à humanidade.
Cancelar os Jogos de Tóquio significará a derrota da esperança e a vitória da escuridão. Realizar os Jogos será a grande virada de página na luta pela vida, pela esperança e pela luz. Será a vitória definitiva da razão sobre o medo.
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