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Justiça do Rio aceita pedido do Ministério Público e interdita São Januário após confusão generalizada

A Justiça do Rio de Janeiro determinou, na noite desta sexta-feira (23), a interdição de São Januário. A decisão, em caráter liminar, foi proferida pelo juiz Bruno Arthur Mazza, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, após o pedido feito pelo Ministério Público do estado (MPRJ).

São Januário foi palco de uma confusão generalizada na última quinta-feira após a derrota do Vasco para o Goiás. Com isso, o estádio fica proibido de receber qualquer evento “até que reste comprovada a presença das condições necessárias por meio de laudos técnicos atualizados dos órgãos estatais e do Perito do Juízo”.

“…torcedores e demais participantes do evento tiveram o seu direito à segurança flagrantemente violado pela inicial atuação criminosa de um grupo de indivíduos e posterior ausência de estrutura física mínima e de preparação dos funcionários do clube réu em executar o plano de ação e de contingência que garantissem a pronta retirada dos torcedores daquele cenário de guerra instalado no interior e exterior da arena esportiva (…)

Ademais, ainda que se possa afastar qualquer ligação entre as pessoas que iniciaram os atos de violência e o clube réu, há de se buscar, neste momento, resguardar a segurança dos torcedores, com a interdição temporária do Estádio de São Januário até que se comprove a existência de condições de segurança com a apresentação de laudos técnicos atualizados dos órgãos estatais responsáveis, especialmente diante dos danos causados no local”, diz um trecho da decisão do magistrado.

Em seu pedido, o MPRJ argumentou que o estádio foi alvo de ação similar em 2017, após a confusão no clássico contra o Flamengo. E que também houve registros de confusão, por exemplo, na vitória do Vasco sobre o Criciúma pela Série B do ano passado.

Além da interdição, o promotor Rodrigo Terra solicitou a condenação do Vasco por danos morais aos torcedores, com multa no valor mínimo de R$ 500 mil que seriam direcionados ao Fundo de Reconstituição de Bens Lesados. Essa questão não foi apreciada na liminar da Justiça.

Mais cedo, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) havia decidido que o Vasco jogaria em São Januário com os portões fechados pelos próximos 30 dias ou então até o julgamento da denúncia do clube no tribunal.

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