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Justiça proíbe torcedor que fez gestos obscenos no Allianz Parque de ir a jogos do Palmeiras por seis meses

A Justiça de São Paulo concedeu medida cautelar que impede o torcedor do Palmeiras que fez gesto obsceno na direção de uma botafoguense de ir aos jogos do clube alviverde por seis meses. A informação foi divulgada com exclusividade pelo blog do Perrone, no UOL Esporte.

Em depoimento prestado à Polícia Civil, no dia 26 de agosto, Nelson Gonzaga de Oliveira Junior afirmou que, num ato impensado, exibiu seu órgão genital na direção de torcedores do Botafogo, no Allianz Parque, em duelo pelas oitavas de final da Libertadores, em 21 de agosto. Ele se declarou arrependido.

O torcedor sustentou que a atitude não foi direcionada a uma pessoa específica, mas para os botafoguenses em geral. Eles estariam provocando os palmeirenses no empate por 2 a 2.

Oliveira relatou que tinha ingerido álcool e que faz uso de medicação controlada. A cautelar (medida que tem caráter de precaução e é adotada antes do julgamento do mérito do caso) foi definida na última segunda-feira (16) pelo juiz José Fernando Steinberg. Ela havia sido pedida pela Polícia Civil. A decisão foi tomada em primeira instância. Cabe recurso.

“A imposição da medida cautelar se mostra necessária e adequada, tendo em vista que a conduta do averiguado pode ensejar desordem, tumulto e brigas incontroláveis dentro do estádio de futebol, gerando insegurança, tornando o ambiente hostil aos demais frequentadores”, diz um trecho da decisão.

“Nesse sentido, a fim de evitar a possível reiteração das condutas supostamente praticadas, determino o impedimento de comparecimento do averiguado no e nas proximidades de estádio de futebol quando houver jogo do Palmeiras, jogos profissionais ou amadores, realizados na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil ou exterior, quando este for mandante ou visitante, em todos os campeonatos ou amistosos que disputar pelo prazo de seis meses”, acrescentou o magistrado.

Durante a vigência da suspensão, o palmeirense terá que comparecer à local indicado pela Central de Penas e Medidas Alternativas duas horas antes das partidas do Palmeiras, devendo permanecer lá até 15 minutos depois dos jogos ou até o fim deles em caso de apresentações noturnas.

O eventual descumprimento da ordem poderá provocar a prisão preventiva do torcedor. Antes de decidir, o juiz ouviu a manifestação do Ministério Público (MP).

Uma audiência preliminar foi marcada para o dia 25 de novembro. Nela, deve ser oferecida a possibilidade de o investigado aceitar uma transação penal (acordo para cumprir pena antecipada de multa ou restrição de direitos).

O palmeirense já havia sido excluído pelo Palmeiras de seu programa de sócio-torcedor e bloqueado no sistema.

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