O Tribunal Federal de Bellinzona, na Suíça, absolveu nesta sexta-feira (24) o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, pelo crime de corrupção. O dirigente foi acusado de fazer um “acordo corrupto”, escondido da FIFA, para a ‘beIN Media’, emissora de esportes e entretenimento do Catar, ganhar os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030. A informação foi divulgada pelo ‘ge’.
Além de Al-Khelaifi, Jérôme Valcke, antigo secretário-geral da FIFA, também foi inocentado. No julgamento em primeira instância, o francês foi condenado a 11 meses de prisão, com pena suspensa, por corrupção passiva, em um processo diferente. O tribunal considerou que o caso não poderia se enquadrar como crime de gestão danosa pelo fato da entidade máxima do futebol não ter sido lesada.
“O veredito é totalmente justificado. Após uma campanha implacável da acusação durante seis anos, que sempre ignorou os fatos e a lei, o nosso cliente foi, mais uma vez, totalmente inocentado”, disse Marc Bonnant, um dos três advogados de Al-Khelaifi.
No primeiro julgamento, o Tribunal Penal Federal da Suíça considerou que Valcke apoiou a atribuição dos direitos de TV ao canal ‘beIN Sports’ em troca de uma mansão na região da Sardenha, na Itália.
A propriedade foi comprada por uma empresa de Al-Khelaifi no final de 2013, por cerca de 5 milhões de euros. O ex-secretário-geral da FIFA admitiu que solicitou ajuda do empresário para financiar o imóvel.
Alguns meses depois, em abril de 2014, a FIFA assinou contrato com a ‘beIN’ pelos direitos de transmissão das Copas de 2026 e 2030 para a parte norte da África e Oriente Médio.
Diferente do que ocorreu no julgamento em primeira instância, em 2020, a promotora federal Cristina Castellote não solicitou a suspensão parcial da pena, mas sim o cumprimento de dois anos e quatro meses de prisão para o empresário e quase três para o francês.
Crédito imagem: AFP
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