O ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke foi condenado pela Justiça suíça nesta sexta-feira (30) por “gestão injusta” em um caso de corrupção que envolveu a negociação dos direitos de transmissão da Copa do Mundo. A sentença impõe uma pena de 120 dias de prisão e multa de 1,7 milhões de euros (R$ 11 milhões na cotação atual) ao francês, que no entanto, não deverá ser preso.
O presidente da beIN Media e do Paris Saint German (PSG), Nasser Al-Khelaifi, foi absolvido das acusações de “incitação à gestão injusta”. No processo, o dirigente foi alvo por suspeitas na compra de direitos de TV para as Copas do Mundo de 2026 e 2023 através de seu grupo de mídia do governo do Catar. Inicialmente, o Ministério Público da Suíça havia pedido 28 meses de prisão à Khelaifi.
“Isso restaura minha fé no estado de direito e no devido processo, após quatro anos de acusações infundadas, fictícias e manchas constantes da minha reputação”, disse o presidente do PSG ao jornal L´Équipe.
A investigação e o processo apontavam que o dirigente tentou influenciar a concessão dos direitos das Copas do Mundo ao emprestar, sem custos nenhum, uma mansão de luxo na Itália para Jérôme Valcke.
A condenação do francês é a primeira dele após o início de investigações pela promotoria sobre corrupção na Fifa e no futebol internacional, que foram iniciadas há seis anos. Os promotores haviam pedido inicialmente uma prisão de três anos, o que acabou não acontecendo.
Crédito imagem: Getty Images
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