No último sábado, dia 4 de julho, a Juventus enfrentou o Torino e venceu por 4 a 1 – o gol do Torino foi marcado após um pênalti polêmico pelo árbitro.
Observa-se que o atacante do Torino chuta a bola em direção ao gol, ela toca na perna do zagueiro e sobe tocando o braço dele, que, em ação de bloqueio, estava com o braço em posição antinatural, isto é, ampliando o seu espaço corporal.
A regra do jogo, que é bem subjetiva e facilmente gera interpretações distintas, traz, em seu texto sobre mão/braço, pontos relevantes. Alguns deles:
“Normalmente haverá infração se o jogador:
- a mão/braço estiver em posição antinatural e com isso ampliando o espaço do corpo;
As infrações acima também se caracterizam quando a bola tocar na mão/braço de um jogador, vinda diretamente da cabeça, do corpo (inclusive do pé) de outro jogador que esteja próximo dele.
Exceto nas situações acima, normalmente não se considerará infração se a bola tocar na mão/braço:
- diretamente da cabeça ou corpo (inclusive o pé) do próprio jogador;
- se a mão/braço estiver junto ao corpo sem ampliar o espaço em razão de uma posição antinatural.”
Aí gera a dúvida se, quando a bola bater em alguma parte do corpo e em seguida tocar a mão ou braço do jogador, devee-s ou não marcar a infração.
Quando o jogador estiver em ação de bloqueio, como nesse caso do zagueiro da Juve após um arremate a gol, com o braço em posição antinatural, ampliando o espaço corporal, mesmo que a bola rebata em outra parte do corpo antes de tocar o braço, uma infração deverá ser marcada.
Esse lance do campeonato italiano se encaixa na descrição acima, sendo assim, a penalidade foi bem marcada.
Simples? Não, em lances de mão/braço, vários pontos devem ser analisados, exemplo, ação de bloqueio ou ação de disputa, acidental, voluntária, se houve fator surpresa, qual a distância da origem, de quem vem a bola.
Ao fazer a enquete sobre esse lance no meu Instagram, a maioria não marcaria pênalti.
A regra da mão/braço ainda gera dúvida, polêmica, e por isso a importância de as diretrizes serem claras, uniformes e de grande acesso. E é como sempre digo: “se concordamos ou não com as regras, é discutível, mas elas precisam ser cumpridas, principalmente pelos árbitros”.