Um laudo realizado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) atesta a presença de álcool no sangue do lateral Marcinho, ex-Botafogo e atualmente do Athletico, contrariando a tese da defesa do jogador, que é réu em processo por ter atropelado e matado um casal de professores na Zona Oeste da capital carioca em dezembro de 2020. A informação foi divulgada pelo jornal ‘Extra’.
Segundo o documento, produzido pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e assinado por Márcio Borges Coelho, o jogador conduzia o veículo com “velocidade incompatível com a segurança do local”, além de apresentar “álcool circulando no corpo” no momento do acidente.
“O perito do GATE (Grupo de Apoio Técnico Especializado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) confirma que, baseado na posição e estado em que se encontrava o cadáver no local e a intensidade, extensão e gravidade das avarias no veículo, suas lesões descritas no laudo cadavérico, é possível tecnicamente afirmar que tais lesões são compatíveis com embate, num corpo flácido, de um veículo animado com velocidade acima de 80 Km/h”, diz o MP-RJ.
A defesa de Marcinho alega que ele estava próximo à velocidade permitida na Avenida Lúcio Costa, onde ocorreu o acidente, e que a quantidade de álcool no sangue era zero.
Ainda de acordo com o documento, Marcinho chegou a consumir cinco tulipas de chope em um restaurante na Zona Norte da cidade, entre 11h e 13h30 do dia do acidente. Para a defesa, era impossível que o álcool teria permanecido no corpo do jogador até o momento do atropelamento, opinião que contrasta com o perito do MP-RJ.
O inquérito do caso foi encerrado no dia 2 de fevereiro de 2021, pelo delegado Alan Luxardo, da 42ª DP, no Recreio dos Bandeirantes, e entregue ao Ministério Público. Marcinho foi indiciado por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e agravante pela fuga do local.
Crédito imagem: Estefan Radovicz/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
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