As principais lideranças do futebol inglês pediram a Mark Zuckerberg, dono do Facebook, e Jack Dorsey, dono do Twitter, que assumam a responsabilidade pessoal pela disseminação de conteúdos racistas em suas plataformas.
Os executivos da Premier League, Football Association e EFL, juntamente com os sindicatos de jogadores e gerentes, o chefe do futebol feminino e o corpo de árbitros assinaram uma carta aberta contra os ataques “degradantes, muitas vezes ameaçadores e ilegais” sofridos pelos jogadores.
A atitude acontece depois que quatro jogadores do Manchester United foram alvos de ataques raciais nas redes sociais somente nos últimos 15 dias.
“Tivemos muitas reuniões com seus executivos ao longo dos anos, mas a realidade é que suas plataformas continuam sendo paraísos de abusos. O fluxo implacável de mensagens racistas e discriminatórias se alimenta de si mesmo: quanto mais é tolerado pelo Twitter, Facebook e Instagram, plataformas com bilhões de usuários, mais se torna um comportamento normal e aceito”, diz um trecho da carta.
Entre as ações exigidas pelas lideranças, inclui-se a solicitação de que “todos os usuários devem ser submetidos a um processo de verificação aprimorado que permite (somente se exigido pelas autoridades legais) a identificação precisa da pessoa por trás da conta”.
A carta pede que as duas empresas ajudem “ativa e rapidamente” as agências de aplicação da lei em qualquer investigação para “filtrar e bloquear” o conteúdo racista.
“Não queremos ódio e racismo em nossas plataformas e removê-los quando os encontrarmos. As novas medidas que anunciamos ontem, que incluem ações mais duras quando descobrimos que as pessoas estão quebrando nossas regras em mensagens diretas, aumentam ainda mais o trabalho que fazemos para resolver isso”, disse o Facebook.
A carta reconheceu as mudanças feitas pela plataforma, mas espera que mais atitudes sejam tomadas.
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