Os ex-presidentes da Fifa e Uefa, Joseph Blatter e Michel Platini respectivamente, poderão ter seus problemas com a justiça suíça agravados, desta vez os dirigentes estão sendo acusados de suspeita de fraude e quebra de confiança. A informação foi divulgada primeiramente pelo jornal português ‘ojogo’.
“O Ministério Público Federal informou as partes que, com base na investigação atual, o processo está para ser reavaliado. Desde então, Joseph Blatter e Michel Platini estão sendo investigados por suspeita de fraude”, revelou nesta sexta-feira (27) o procurador-geral da Suíça.
Uma investigação mais profunda sobre as negociações de ambos durante seus últimos cinco anos na Fifa pode aumentar seus crimes pela prática de fraude, depois das acusações de “gestão danosa” e “peculato”.
O antigo capitão da seleção francesa, de 65 anos, é acusado de cumplicidade em gestão danosa, peculato e falsificação de documentos, juntamente com outros ex-executivos da Fifa: o antigo secretário-geral Jérôme Valcke e o antigo diretor financeiro Marcus Kattner.
Em 2011, com a aprovação de Blatter, a entidade máxima do futebol pagou 1,8 milhões de euros a Platini que apresentou faturas de salários adicionais, não contratados, quando era conselheiro presidencial no primeiro mandato de Blatter, entre 1998 e 2002.
No código penal suíço, a fraude em busca de ganho pessoal pode ressaltar em uma pena de prisão de até cinco anos ou em multa.
Platini era presidente da Uefa e vice-presidente da Fifa em 2011, quando pediu para ser pago pela entidade por suposto trabalho realizado anos atrás.
A dupla foi suspensa provisoriamente do futebol e em seguida, banida por oito anos pelo Comitê de Ética da Fifa. A Corte Arbitral do Esporte (CAS) reduziu a punição dos ex-dirigentes.
A suspensão de seis anos de Blatter, suspeito em outras investigações, no futebol vai até outubro de 2021, enquanto Platini, também suspeito de corrupção na escolha da Copa do Mundo do Catar 2022, cumpriu quatro anos.
Crédito imagem: AFP
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