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Ministério Público do DF questiona banco BRB por declarações xenofóbicas de diretora do Flamengo

No último dia 3, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) emitiu um ofício que deverá ser respondido pelo banco BRB até o próximo dia 23. Segundo o ‘ge’, o órgão pediu à diretoria da instituição financeira, que recebe recursos públicos do DF, uma análise sobre possível infração de contrato devido as recentes declarações com teor xenofóbica da diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, Ângela Machado, feitas nas redes sociais após o pleito eleitoral.

Na ocasião, a diretora compartilhou a seguinte declaração: “Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias, bora trabalhar, porque se o gado morrer o carrapato passa fome”.

Diante da declaração, o MPDFT publicou uma nota em seu site com a seguinte explicação sobre o questionamento feito à diretoria do BRB:

“O objetivo é verificar se houve violação de cláusula contratual que diz respeito a não adoção ou apoio de práticas de discriminação negativa e/ou injuriosa, relacionada à raça, cor, sexo, religião, orientação sexual, origem ou qualquer outra característica pessoal de seus profissionais”, disse o órgão.

Consultado pelo site, o MPDFT informou que não há um prazo específico para que o órgão se posicione após receber uma resposta do banco.

Ao site, o Flamengo disse que não se manifestará sobre o assunto. O BRB não respondeu aos questionamentos.

Confira a íntegra da nota do MPDFT

“A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) abriu procedimento para acompanhar o plano de negócio da parceria entre o BRB e o Flamengo, conferindo a adequação dos parâmetros utilizados para justificar o investimento. Esse processo é contínuo e a Prodep está analisando neste momento os números até agosto/22.

Quanto ao pronunciamento ilícito realizado, o MP está questionando o banco para que realize a análise de conformidade do ato considerando a cláusula e, na sequência, a Prodep fará um juízo de valor sobre o tema. Não é possível ao Ministério Público afirmar de partida as consequências desse evento”

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