O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) informou neste domingo (27), através de nota oficial, que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) vai investigar a emboscada feita pela Mancha Alvi Verde, principal organizada do Palmeiras, a um ônibus da Máfia Azul, uniformizada do Cruzeiro, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã. O ataque resultou na morte de uma pessoa e 20 feridos.
A entrada do Gaeco no caso foi uma determinação do procurador-geral de Justiça Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, que vê as torcidas organizadas atuando como “verdadeiras facções criminosas”.
“Tal episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade”, disse o procurador-geral, em nota.
O promotor Fernando Pinho Chiozzotto, de Mairiporã, também vai acompanhar as investigações da Polícia Civil, enquanto o MP-MG também se colocou à disposição para ajudar na apuração do caso.
Entenda o confronto
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ônibus com torcedores de Palmeiras e Cruzeiro se encontraram no pedágio por volta das 5h, e começaram o confronto entre si com ataque de rojões. O homem que morreu tinha 30 anos e sofreu graves ferimentos causados por queimaduras. Ele foi encaminhado para o Hospital Anjo Gabriel, mas faleceu após receber atendimento. A unidade de saúde recebeu 18 vítimas, enquanto outras três foram levadas ao hospital de Franco da Rocha. Um dos pacientes deu entrada com um ferimento de arma de fogo no abdômen, mas não corre perigo de vida.
Ainda de acordo com a PRF, dois ônibus com torcedores do Cruzeiro voltavam de Curitiba, onde a equipe mineira enfrentou o Athletico-PR neste sábado, quando foi alvo do ataque. Um dos veículos foi depredado, enquanto o outro foi completamente incendiado.
Cruzeiro e Palmeiras se manifestaram oficialmente lamentando o episódio.
Crédito imagem: Reprodução
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