O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) enviou um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recomendando o adiamento do clássico entre Corinthians e Palmeiras, marcado para o próximo domingo (3), às 16h, na Neo Química Arena, pelo Campeonato Brasileiro. A informação foi divulgada inicialmente pela ‘ge’.
O órgão mostrou preocupação com a possibilidade de confrontos violentos entre torcidas por conta da realização, no mesmo dia, também em São Paulo, do jogo entre São Paulo e Coritiba, às 20h30, no Morumbi.
Na última segunda-feira, a Federação Paulista de Futebol (FPF) respondeu o MP-SP informando que manteve reuniões com as autoridades em busca de uma alternativa para os jogos, mas “em caráter excepcional, a partida entre Corinthians e Palmeiras não será passível de alteração”.
“Vamos ter 40 mil corintianos saindo de Itaquera por volta das 18h30. Vamos ter 50 mil são-paulinos indo para o jogo por volta de 18h30, 19h. É uma movimentação muito grande, esses torcedores vão se encontrar no trem, no metro, nos bairros”, alertou o procurador Paulo Castilho, que é membro da Comissão de Combate à Violência no Futebol em São Paulo.
Vale lembrar que desde 2016 os clássicos disputados em São Paulo são realizados apenas com a torcida do clube mandante.
Castilho cita ainda outros dois grandes eventos que serão realizados também no domingo, em São Paulo: a final da Copa Pioneer, no Allianz Parque, torneio de várzea em que são esperadas 40 mil pessoas, e o festival The Town, em Interlagos, com público previsto de 100 mil pessoas.
“A Comissão oficiou CBF, Federação (Paulista), tem documento do 2º Batalhão de Choque dizendo que o problema são os confrontos no metrô, trens, cercanias, bairros. Não dá pra jogar com sorte com segurança pública. Por mais que despejem policiais na rua, não vai ter em todos os pontos. Além do que, quanto custa isso? Para concentrar esse número de policiais, tem que tirar de algum lugar. Não tem sobrando”, declarou.
Crédito imagem: Friedemann Vogel/Getty Images
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