Ao fim da Copa do Mundo 2022, a FIFA anuncia a realização do mundial de clubes em 2025 com a participação de trinta e dois (32) times. Perceba-se que será nas vésperas da próxima Copa de 2026.
A UEFA e boa parte dos clubes europeus sempre foram resistentes à criação deste tipo de competição, uma vez que a Liga dos Campeões é a maior competição do mundo de clubes e poderia sofrer uma concorrência desestabilizadora em suas economias.
Um mundial de clubes com trinta e dois (32) participantes, certamente, provocará uma rivalização com a própria Copa do Mundo, ainda mais sendo um ano antes, substituindo a Copa das Confederações. Não se duvida, em nada, que aos poucos, o mundial de clubes comece a superar a Copa do Mundo, pois há muitos anos na Europa, nos USA, e, gradativamente no Brasil, o público vem conferindo mais atenção e gosto pelo seu clube de coração, as seleções vem ficando em segundo plano, sempre.
Talvez pelo enfraquecimento esportivo da Copa do Mundo, em termos de paixão e acompanhamento pelos torcedores, a FIFA já inicia um mundial de clubes, como uma alternativa futura de manter uma forte competição sua, que lhe traga lucros. No momento, acredita-se que a fundação de uma competição internacional a mais deste porte, agrega valores ao futebol e cria um prolongamento das atividades econômicas, pois os clubes vão ter que manter jogadores e comissões técnicas trabalhando também nesta época de competição.
No anúncio de criação deste mundial de clubes, a FIFA também pré-anuncia que realizará a sua categoria feminina. É providencial que exista a versão feminina de mundial de clubes, mantendo o mesmo formato, criando um novo mercado e quantidade de equipes para que haja forçosamente um estímulo dos clubes na constituição e manutenção de seus times femininos. Se isso não acontecer, mais uma vez se assistirá a uma discriminação contra as mulheres na atividade econômica desportiva.
Por fim, é interessante que os critérios de classificação para a disputa do mundial de clubes sejam pautados em conquistas classificatórias nas competições regionais: Liga dos Campeões, Libertadores da América, etc. Isso fortificaria coletivamente as competições existentes no calendário anual, seria absurdo instituir eliminatórias para tal mundial, o que não deve acontecer. O fato é que com esta notícia a FIFA encerra o ano com “chave de ouro e de olho na final da Copa do Mundo”, aguardar-se-á vigilante “as cenas desses próximos capítulos”.
Queridas e queridos leitores, deseja-se um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo e até 2023.
Crédito imagem: Getty Images
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