Os gestores do esporte estão começando a perceber que a baixa qualidade do futebol brasileiro (pouca renda nos jogos e alto índice de insatisfação dos torcedores) está ligada à corrupção e falta de controle, pois propiciam administrações criminosas aos clubes.
Muitos já levantaram a bandeira por essa mudança, mas, agora, um passo grande foi dado. Os clubes esportivos do São Paulo, Corinthians, Santos e Palmeiras se uniram em prol do futebol brasileiro e manifestaram apoio a Sérgio Moro, ministro da Justiça, para promover operações no mundo da bola.
A falta de previsão legal para corrupção privada no Brasil possibilita que atos criminosos em clubes estejam imunes à punibilidade em nosso país. Podemos observar que, nas grandes investigações que levaram executivos do futebol à prisão, multas milionárias e banimento do esporte ao redor do mundo não atingiram ninguém por aqui.
O projeto de lei que tramita no Congresso já traz essa previsão legal, possibilitando, com isso, além de multas, a condenação à reclusão de um a quatro anos por corrupção privada no esporte (art. 215 do Projeto de Lei do Senado nº 68).
Esperamos que o projeto de lei acabe com todo aquele cartola corrupto que usa o esporte para fazer política e enriquecer de forma desonesta. Precisamos de espaço para bons profissionais e gestores preocupados com o futuro das instituições esportivas e com a paixão dos brasileiros.