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O planejado saiu caro

O futebol é sempre cheio de surpresas. Nem sempre a qualidade e dedicação de um clube se resulta em gol e, por consequência, em vitórias. Mas sair da partida sem a vitória não é o maior problema, não alcançar as expectativas esperadas é que preocupa, em especial as orçamentárias.

Entre o fim de uma temporada e início de outra, os clubes brasileiros apresentam as suas previsões orçamentárias. Essas previsões visão estabelecer, mesmo que de forma estimativa, quais serão os ganhos e gastos do clube na temporada que ainda se iniciará. Tendo em vista que os ganhos de campo também trazem receitas, os clube projetam também quais serão os seus resultados esportivos, não só os valores de patrocínios, TV, venda de atletas, sócios torcedor, etc…

Para conseguir criar um cenário de ganhos com premiações, as intifada esportivas analisam quais serão as competições que participarão e quais são os avanços que imagina, tendo em vista o seu plantel e investimentos, ter nelas.

Nessas horas, como já expliquei em um outro artigo sobre previsão orçamentária, quanto mais otimista nos resultados esportivos maiores serão os ganhos, porém, não se materializando as expectativas, maiores os problemas em cumprir seus compromissos financeiros planejados.

Hoje, já no segundo turno do Brasileirão (R$ 31 milhões), com a Copa do Brasil (R$ 72,8 milhões) nas semifinais, Sul-americana (R$16,2 milhões) nas oitavas de final e Libertadores (R$ 64,5 milhões) nas quartas de final, já podemos analisar que time vem conseguindo cumprir com o seu planejamento.

Flamengo desenhou sua previsão, para fins de orçamento, de 2020 com 2º lugar no Brasileirão (está em 3º lugar), à final da Copa do Brasil (saiu nas quartas) e, que pelo menos avançaria até a semi-final da Libertadores da América (caiu nas oitavas),

Palmeiras mirou, ao menos, um 4º lugar no Brasileirão (ainda pode), chegar às quartas-finais tanto da Copa do Brasil (já avançou às semi-finais) quanto da Libertadores (conseguiu alcançar seu objetivo, pois esta disputando a fase prevista).

Internacional esperou chegar em 4º no Brasileirão (está na 6ª colocação), às semi-finais da Copa do Brasil (caiu nas quartas de final)  e às quartas-finais da Libertadores (ainda pode, pois disputa a segunda partida contra o Boca Juniors hoje a noite).

São Paulo, foi  mais conservador e desenhou seu 2020 com um 4º lugar no Brasileirão (lidera o campeonato brasileiro), quartas-finais na Copa do Brasil (está na semi-final) e oitavas-finais na Libertadores (saiu ainda na fase de grupos).

Corinthians,previu o seu 2020 com oitavas de final na Libertadores (caiu na segunda fase), um 7º lugar no Brasileirão (está em 11º lugar) e quartas-finais na Copa do Brasil (saiu nas oitavas de final).

Atlético MG, foi um pouco mais conservador e desenhou seu 2020 com oitavas de final na Libertadores (não conseguiu se classificar)  e na Sul-Americana (fico ainda na primeira fase), um 6º lugar no Brasileirão (está na 2ª colocação) e saiu na segunda fase da Copa do Brasil.

Já o Grêmio, praticamente não contou com recursos de premiações para esse ano, o clube foi super conservador e previu, para fins orçamentários, não passar da fase de grupos da Libertadores (está disputando as quartas de final)  e oitavas-finais da Copa do Brasil (avançou para a semi-final) e um 8º lugar no Brasileirão (está em 4º lugar).

O fato é que, como todos sabem, futebol se resolve dentro de campo e, por mais que se tenha um elenco diferenciado e uma estrutura de ponta, os resultados não são garantidos. Por isso, a responsabilidade dos gestores em suas prévias orçamentárias é muito grande, pois quanto maior a expectativa de ganhos, maior o prejuízo contábil nos casos de não alcança-los.

Apostar cada vez menos na sorte e colocar todas as suas fichas na profissionalização, transparência e responsabilidade é a receita para bons retornos, sejam eles dentro ou fora de campo.

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