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O que diz a regra sobre a expulsão do Jô no confronto Fortaleza x Corinthians

Jô foi expulso após o VAR sugerir revisão por agressão na partida entre Fortaleza e Corinthians. Ultimamente tem ocorrido muitos lances de golpear o adversário, seja aquele braço ou mão ou cabeçada no rosto, pescoço, peito, costas, nuca, que geram polêmicas e interpretações, vide o lance do goleiro Volpi no jogo contra o Bahia.

A regra do jogo não foi feita especificamente para a arbitragem, mas sim para o futebol. Desta forma, todos que o praticam ou trabalham com esse esporte deveriam conhecê-la para, no mínimo, terem argumentações bem pautadas para questionar as decisões da arbitragem seja em campo ou,  nos tempos atuais, no VAR.

Em função disto, segue uma pequena parte do texto da regra 12 que cita o ato de golpear:

“Será concedido um tiro livre direto a favor da equipe adversária do jogador que praticar uma das seguintes ações, se consideradas pelo árbitro como imprudente, temerária ou com uso de força excessiva:

  • golpear ou tentar golpear (incluindo cabeçada) um adversário.

Imprudência significa que um jogador demonstra falta de atenção ou atua sem precaução ‘em relação a um adversário. Não há necessidade de cartão.

Temeridade significa que um jogador não considera o risco ou, as consequências para seu adversário. Lance para aplicação de Cartão Amarelo.

Uso de força excessiva significa que um jogador excede a força necessária e assume risco de causar lesão em um adversário. O jogador infrator deve ser expulso.”

Como mostra a regra, cabe sim interpretação no ato de golpear, o árbitro para considerar uma infração deve analisar se foi uma ação imprudente, temerária ou com uso de força excessiva, ou nenhuma delas e permitir que o jogo siga.

A arbitragem vive recebendo instruções de seus comandantes e sobre o uso dos braços entre os elementos a serem considerados estão: velocidade, intensidade, disputa ou não de bola, ponto de contato (sensível ou não), força empregada entre outros.

É algo simples assim? Não, não é. Os árbitros precisam entender o jogo, conhecer de futebol, dominar as regras e seguir as diretrizes passadas pelos instrutores para ter uma análise mais correta possível e os critérios serem mais uniformes.

Contudo é fundamental reforçar que a segurança e integridade física do jogador deve prevalecer. A famosa faltinha é falta, diferente de um contato físico não faltoso.

A regra em nenhum momento fala em intenção, costumo dizer que não posso saber sua intenção a não ser que você me conte, então o árbitro não tem como julgá-la. Em função disto deve analisar os elementos do lance conforme as diretrizes e as regras para tomar decisões.

Cabe interpretação em lances de golpear, entretanto não se pode banalizar uma agressão ou tentativa dê como se algo assim fizesse parte do futebol, o Fair Play também significa não assumir o risco de lesionar ou agredir um adversário. E pela regra uma ação que ocorre fora da disputa da bola se torna um agravante.

É importante ressaltar que isso aqui é uma pequenina, mas somente uma parte bem pequena das regras do jogo e com todo respeito e admiração que tenho pelo Arnaldo Cesar Coelho, para mim a regra não tem nada de clara e não é simples entendê-la.

A ação do Jô foi de golpear o adversário sim. Porém, desta vez deixo a pergunta para você:

Foi um golpear faltoso pelas regras e diretrizes? Se sim, de forma imprudente, temerária ou com uso de força excessiva?

O polêmico pênalti não marcado em Gabriel

O jogador do Corinthians chega primeiro no lance, toca a bola e é atingido na coxa com a trava da chuteira,  por Felipe do Fortaleza, de forma temerária que o impede de prosseguir na jogada. Pênalti,  de certa forma fácil de ser marcado e o cartão amarelo deveria ser aplicado. O que não aconteceu em campo e o VAR não sugeriu revisão.

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