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O que esperar do novo mandato de Thomas Bach?

O atleta olímpico Thomas Bach foi reeleito para mais um mandato, agora de 4 anos, como Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Em sessão realizada, de forma remota, o dirigente alemão recebeu 93 dos 94 votos válidos e seguirá no exercício da função por mais um Ciclo Olímpico.

Membro fundador da Comissão de Atletas do COI em 1981, colegiado em que permaneceu até 1988, Thomas Bach se tornou Membro do COI em 1991 e atuou como membro do Conselho Executivo de 1996 a 2013. Foi Vice-Presidente da entidade nos períodos de 2000 a 2004, de 2006 a 2010 e de 2010 até sua eleição como Presidente da entidade máxima do Movimento Olímpico, em setembro de 2013.

Enquanto no Brasil, a regra é a permanência do Presidente de Comitê Olímpico Nacional por 4 anos, permitida apenas 1 única recondução ao cargo, nos termos exigidos pela Lei Pelé, o Estatuto do Comitê Olímpico Internacional prevê mandatos de 8 anos – o que permite ao eleito liderar a organização por, no mínimo, 2 edições de Jogos Olímpicos de Verão e 2 edições dos Jogos Olímpicos de Inverno – e ainda renovar seu mandato por mais 4 anos, totalizando 12 anos na função ou 3 Ciclos Olímpicos.

Durante seu primeiro mandato no cargo, Thomas Bach iniciou as reformas da Agenda 2020 para o futuro do Comitê Olímpico Internacional e do Movimento Olímpico, como foram aprovadas na Sessão do COI ocorrida em Mônaco de 2014, programa cujo Relatório Final foi recentemente aprovado por unanimidade.

Embora a renovação do seu mandato fosse esperada por toda a comunidade olímpica, como acontece quase sempre em eleições sem opositores, a inexistência de outros candidatos para o processo eleitoral sinaliza o reconhecimento de que a Agenda 2020 de fato mudou profundamente os Jogos Olímpicos, o próprio COI e o Movimento Olímpico. Inclusive, o mesmo Conselho Executivo que aprovou o relatório final da Agenda 2020 já propôs o programa que o sucederá: a Agenda 2020+5, ainda em discussão.

A Agenda 2020+5 consiste em 15 recomendações inspiradas em 5 ideias centrais projetadas para construir as bases sólidas do Movimento Olímpico e garantir a sustentabilidade do que foi construído até o momento e graças à Agenda 2020. Leva em consideração as necessidades que surgiram  para o mundo pós-coronavírus, além de conceitos como solidariedade, tecnologia aplicada ao esporte, desenvolvimento sustentável, aumento da credibilidade são exemplos de temas considerados em sua construção.

O presidente reeleito terminará seu mandato atual no dia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a ocorrer no dia 8 de agosto deste ano, permanecendo até 2025 no cargo.

Se com a Agenda 2020, o Comitê Olímpico Internacional, liderado por Thomas Bach parece ter transformado os desafios em oportunidades, esperamos que com a Agenda 2020+5  temas importantes à sociedade, como os Direitos Humanos, a diversidade no esporte, a igualdade de gênero e tantos outros que ainda maculam a credibilidade do Movimento Olímpico, sejam finalmente superados.

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