O protocolo do VAR não permite que a ferramenta do vídeo seja usada em situações erradas de reinício de jogo, que seriam lances factuais e que podem gerar prejuízos a uma equipe quando o erro ocorrer. Porém, quando ocorrem lances interpretativos, a ferramenta pode ser usada.
Por exemplo, em um pênalti que o árbitro interpretou em campo que aconteceu, o VAR pode sugerir revisão se os árbitros que utilizam a ferramenta entenderem que não houve a penalidade, e isso tem acontecido mesmo quando não é um erro claro e óbvio. Já em lances em que foi tiro de meta, o árbitro assinala escanteio, ou o arremesso lateral seria para uma equipe e é dada a cobrança a favor da outra, e dessas situações o resultado o gol, não se tem o uso do árbitro de vídeo.
No Campeonato Brasileiro, o Palmeiras tomou o gol de empate contra o Grêmio em um lance de arremesso lateral que a equipe de arbitragem assinalou erroneamente para a equipe gaúcha.
Nesta última rodada do Brasileirão, o Bahia tomou a virada do Ceará nos acréscimos, e o gol saiu após a marcação de um escanteio que, como o vídeo mostra, não ocorreu – um tiro de meta deveria ter sido marcado.
Pelo protocolo atual, o VAR não pode interferir em lances de reinício errado de jogo, porém, a ferramenta ainda é recente, e sem dúvidas ajustes serão feitos. Será que, entre os ajustes, não seria ideal manter a decisão de lances interpretativos para o campo? E ocorrer a interferência em lances de reinícios errados que resultem em gol? Pois esses são factuais, como se a bola entrou ou não, e resultariam em erros claros e óbvios, como pede o protocolo. Foi possível ver dois jogos, em pouco tempo, com placares decretados após erros de reinício de jogo, ou seja, interferência no resultado final da partida com o VAR não podendo ser utilizado.
De repente pode se tornar uma sugestão para a International Board alterar a regra para 2020/2021.
