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O VAR poderia ter deixado o Corinthians de fora das quartas de final do Paulistão?

A última rodada da primeira fase do campeonato Paulista foi recheada de polêmicas, sendo que alguns lances tiveram influência direta no resultado final da partida.

O VAR (árbitro de vídeo) não é 100% eficaz, mas sem dúvida ajuda a retificar muitos erros que ocorrem no campo durante uma partida.

No jogo com maior quantidade de polêmicas, Palmeiras 2 x 1 Água Santa, no final do primeiro tempo a equipe alviverde pediu um pênalti que não foi marcado. Willian arremata no gol, o zagueiro salta na trajetória da bola em ação de bloqueio, ampliando o espaço corporal e a bola toca no seu braço, por mais que ele tente tirar o braço após o toque, o jogador assumiu o risco com a sua ação e com o braço ampliando o espaço corporal, ou seja, na minha visão foi pênalti. Este lance ainda conta com um agravante de o chute ter a direção do gol e não haver nenhum outro jogador para uma possível defesa (nem mesmo o goleiro), isso significa que esse braço impediu um gol e o zagueiro deveria ser expulso.

Outro lance deste jogo ocorre quando o árbitro assinalou falta a favor do Palmeiras, mas fora da área e pelas imagens a sensação é que ocorreu dentro área, seria mais um pênalti não dado. E por fim, agora sim o pênalti marcado pelo árbitro à favor do Palmeiras, onde o zagueiro está em movimento de cabeceio, sem estar em uma ação de disputa ou bloqueio, com o braço em movimento natural cabeceia a bola contra o próprio braço, o que a regra entende por braço acidental que não deva ser marcada a infração. Três lances onde o VAR poderia ter agido caso estivesse sendo utilizado.

As outras duas partidas onde o VAR poderia fazer a diferença foram: São Paulo x Guarani, onde a equipe de Campinas teve o que seria o gol de empate anulado por impedimento que não ocorreu, a posição do jogador era legal, o assistente não estava posicionado na linha, isso pode ter gerado paralaxe e entendimento errado do lance; e para fechar a derrota do Santos por 2 x 3 contra o Novo Horizontino, onde o árbitro assinalou pênalti contra a equipe santista, porém a bola bate na barriga do zagueiro e não no braço como entendeu a equipe de arbitragem.

Alguns são a favor do VAR, enquanto outros acreditam que ele estraga o futebol. Uns dizem o VAR tira a emoção do jogo, mas não tem como negar que a ferramenta, mesmo não sendo perfeita, ajuda a corrigir erros do campo, a legitimar resultados e de repente mudar o rumo de um campeonato.

A partir das quartas de final do Paulistão o VAR estará presente, com um formato diferente do que estamos acostumados no Brasil, isto é,  será centralizado na sede da Federação Paulista e além do VAR (árbitro de vídeo principal), só haverá o AVAR1 (um assistente/bandeirinha de vídeo), aqui no Brasil normalmente este assistente é o AVAR2, enquanto o AVAR1 é o um árbitro que será do assistente do VAR, isso significa que haverá um a menos na cabine do VAR para tomar decisões.

As quartas de final serão jogos únicos, uma decisão errada seja por parte da arbitragem ou de um jogador ou até mesmo na escalação ou substituição do treinador pode definir o resultado da partida e a classificação de uma equipe. Tudo isso ajuda a tornar o futebol tão emocionante como ele é.

A seguir a escala das quartas de final, que poderia ter sido diferente com o VAR, e do Troféu do Interior.

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