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Olimpíada: COI suspende investigação contra Raven Saunders por protesto feito no pódio

O Comitê Olímpico Internacional (COI) informou nesta quarta-feira (4) que suspendeu a investigação sobre o protesto feito no pódio pela norte-americana Raven Saunders, medalhista de prata no arremesso de peso feminino, após a morte de sua mãe.

“Soubemos da notícia muito triste nesta manhã do falecimento da mãe de Raven Saunders (…) O COI estende suas condolências a Raven e sua família. Vocês entenderão que, dadas essas circunstâncias, o processo está totalmente suspenso por enquanto”, disse o porta-voz do COI, Mark Adams.

Saunders usou suas redes sociais para dizer que deixará a internet por um tempo para cuidar de sua saúde mental e de sua família.

“Minha mãe foi uma grande mulher e viverá para sempre através de mim. Meu anjo da guarda número um. Eu sempre e para sempre amarei você”, declarou a atleta.

No último domingo (1), a atleta de 25 anos, que é mulher, negra e lésbica, cruzou os punhos sobre a cabeça formando um ‘x’, gesto que representa apoio aos oprimidos que lutam contra a discriminação dentro e fora do esporte.

Após o ato, Raven declarou que o gesto representa a “interseção onde todas as pessoas oprimidas se encontram” e que queria chamar a atenção para todas as “pessoas que estão lutando e não têm plataforma para falar por si mesmas”.

Essa foi a primeira manifestação do tipo em Tóquio-2020. Apesar de ter flexibilizado em partes a Regra 50 da Carta Olímpica, que fala sobre manifestações nos Jogos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) manteve o veto durante o pódio, permitindo que eles acontecessem apenas em coletivas de imprensa e em situações que não necessitam de interrupções, garantindo o respeito pelos outros competidores.

Após o gesto de Saunders, o COI entrou em contato com o órgão internacional que rege o atletismo e com o Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos, que afirmaram que o ato da atleta não violou suas regras, pois era uma “expressão pacífica em apoio à justiça social e racial (que) respeitava seus concorrentes”.

Crédito imagem: Reuters

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