O Comitê Olímpico Internacional (COI) cobrou explicações da China sobre o uso de broches com imagem do ditador Mao Tsé-Tung em atletas medalhistas do país nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Os broches foram vistos durante a cerimônia de entrega de medalha para as ciclistas Bao Shanju e Zhong Tianshi, que conquistaram o ouro na modalidade.
“Entramos em contato com o Comitê Olímpico Chinês, pedimos um relatório sobre a situação”, disse Mark Adams, porta-voz do COI, em entrevista coletiva.
O ato poderá causar punição para o país por conta da violação da regra 50 da Carta Olímpica, que proíbe qualquer tipo de manifestação política no pódio dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Ex-líder de estado chinês, Mao Tsé-Tung foi morto em 1976 e ficou conhecido por liderar a revolução comunista no país.
Esse não foi o primeiro caso de manifestação de atleta no pódio dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ontem, a americana Raven Saunders, medalhista de prata no arremesso de peso feminino, aproveitou o momento da premiação para protestar contra o preconceito. A atleta de 25 anos, que é mulher, negra e lésbica, cruzou os punhos sobre a cabeça, formando um ‘x’, gesto que representa apoio aos oprimidos que lutam contra a discriminação dentro e fora do esporte.
No entanto, por se tratar de uma manifestação contra o preconceito e em favor aos Direitos Humanos, Raven não deverá ser punida pelo COI, apesar do veto na Carta Olímpica.
Até o momento, o Comitê Olímpico Chinês não se manifestou sobre o caso.
Crédito imagem: Reuters
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