De acordo com o ‘The Sun’, o meia Lucas Paquetá, do West Ham, enfrenta duas novas acusações em seu caso de suposto envolvimento em apostas esportivas. Segundo o jornal inglês, o brasileiro está sendo acusado pela Federação Inglesa (FA) de obstruir a investigação por conta de seu celular antigo.
Paquetá entregou seu celular à federação há 12 meses, quando as investigações de apostas ilegais em suas partidas na Premier League surgiram. A FA ficou o telefone do jogador por cerca de oito semanas, enquanto os investigadores analisavam seu registro de chamadas, mensagens e registros bancários.
Neste período, Paquetá comprou um aparelho novo e, assim que a FA devolveu o antigo, jogou o telefone fora. Depois disso, segundo o jornal inglês, a federação entrou em contato com o meia brasileiro para pedir novamente o seu telefone, pois havia mais detalhes que a equipe de investigação queria verificar, mas ele não conseguiu localizar o celular antigo.
Diante disso, a federação acusou Paquetá de obstruir a investigação e acrescentou duas infrações agravadas por não cooperação em seu caso.
Entenda a denúncia
Paquetá foi denunciado por supostamente receber quatro cartões amarelos em diferentes partidas da Premier League. Os jogos investigados do West Ham são: x Leicester City, em 12 de novembro de 2022; x Aston Villa, em 12 de março de 2023; x Leeds United, em 21 de maio de 2023; e x Bournemouth, em 12 de agosto de 2023.
“Alega-se que ele procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência nessas partidas, buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrem com apostas”, disse a FA em comunicado.
Em casos parecidos, o zagueiro Kynan Isaac, do Stratford Town, recebeu uma punição de 10 anos longe dos gramados por envolvimento com apostas esportivas durante uma partida da Copa da Inglaterra de 2021. Já o defensor Bradley Wood, do Lincoln City, foi punido por 6 anos por ter recebido intencionalmente um cartão em duas partidas três anos antes.
Segundo o jornal, os promotores da FA consideram que os supostos crimes cometidos por Paquetá ainda mais graves que os de Isaac.
Ainda de acordo com o jornal, as apostas foram feitas da Ilha de Paquetá, local no Rio de Janeiro onde o jogador de 26 anos nasceu. Uma das apostas investigadas teve o valor de 7 libras (R$ 46 na cotação atual). Segundo documentos, a casa de aposta a alertar sobre o “número incomum” de apostas foi a Betway, principal patrocinadora do West Ham, equipe atual do brasileiro. As apostas totalizaram mais de R$ 600 mil de retorno.
Paquetá nega as acusações
“Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar. Cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações que pude durante estes nove meses. Nego as acusações na íntegra e lutarei com toda as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários”, escreveu o jogador em suas redes sociais logo após a confirmação da denúncia.
Crédito imagem: West Ham/Divulgação
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