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Para evitar novas punições, Equador deixa Byron Castillo de fora da lista de convocados para a Copa do Mundo do Catar

Em comunicado na manhã desta terça-feira (15), a Federação Equatoriana de Futebol (FEF) anunciou o “corte” do lateral Byron Castillo da lista de convocados para a Copa do Mundo do Catar, que começa no próximo domingo (20). De acordo com a entidade, a medida foi adotada para se resguardar do “risco de novas injustas punições”.

A situação do jogador está sob imbróglio jurídico na Corte Arbitral do Esporte (CAS), a última instância da justiça desportivo a âmbito mundial, após uma denúncia do Chile e do Peru. O Equador foi mantido na Copa do Mundo, mas a seleção perdeu três pontos nas Eliminatórias de 2026. Já Castillo, não sofreu sanções.

“Diante de uma decisão arbitrária do CAS, que ignora os princípios jurídicos mais elementares universalmente aceitos, e diante do risco de sofrer novamente injustas punições, a Federação Equatoriana de Futebol se vê na obrigação de não incluir o jogador Byron Castillo Segura na lista final que foi apresentada a Fifa”, diz a entidade no início do posicionamento.

No comunicado, a FEF classificou a situação como “dolorosa” e teceu duras críticas às decisões do CAS. Segundo a entidade, a Corte gera dúvidas sobre o passaporte de Castillo que podem “colocar em risco” o avanço da seleção nesta Copa do Mundo e “comprometer sua participação na próxima edição”.

Confira a íntegra do comunicado do Equador

Diante de uma decisão arbitrária do CAS, que ignora os princípios jurídicos mais elementares universalmente aceitos, e diante do risco de sofrer novamente injustas punições, a Federação Equatoriana de Futebol se vê na obrigação de não incluir o jogador Byron Castillo Segura na lista final que foi apresentada a Fifa.

Para ninguém tem sido fácil o processo que como instituição temos tido que atravessar, e muito menos para nosso jogador, que é parte desta família que chamamos La Tri.

Todos os fatos relacionados com o caso foram conhecidos pelos juízes equatorianos, que em quatro oportunidades deram a razão ao jogador, sendo eles as únicas autoridades competentes em nosso país para dirimir essa controvérsia. Cada um dos atos da FEF foram realizados respeitando precisamente o que nosso sistema jurídico dispõe, obedecendo as decisões das autoridades judiciais e administrativas, as que como Federação estamos obrigados a acatar, mas quando estão em jogo direitos fundamentais do jogador.

Incompreensivelmente, a mesma decisão do CAS – que reconhece a elegibilidade do jogador – semeia, de forma ilegítima, dúvidas sobre o conteúdo de seu passaporte que podem colocar em risco, não só o avanço da seleção nesta Copa do Mundo, como até mesmo comprometer sua participação na próxima edição, sob a sanções que, sem fundamento jurídico algum, foram impostas a FEF.

Embora hoje nossa atenção esteja no Mundial do Catar, nosso compromisso é esgotar todos os recursos que o direito nos conceder para demonstrar nosso procedimento correto e reparar essa injustiça e dolorosa situação, seja qual for o foro em que devamos fazê-lo.

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