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Paralímpicos entram em 2019, mas já vale para Tóquio 2020

O calendário da temporada 2019 do esporte paralímpico internacional é extremamente importante para os atletas brasileiros que tentam garantir vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no ano seguinte. Tão importante quanto movimentado.

Basta notar que as duas modalidades que mais distribuirão medalhas na capital japonesa em 2020 serão contempladas com a realização dos seus respectivos campeonatos mundiais. O da natação será na cidade malaia de Kuching, na mística ilha de Bornéu, em julho, e o de atletismo, em novembro, na megalomaníaca Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Entre as duas competições, contudo, um ponto de passagem importante para os atletas brasileiros na caminhada rumo a Tóquio 2020: os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, em agosto. Nestes, o Brasil é hegemônico desde o Rio 2007, quando o evento foi incorporado ao programa do Jogos Pan-Americanos na mesma cidade, tal qual ocorre nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos desde Seul 1988.

A competição continental tem relevância porque praticamente todas as modalidades darão vagas para Tóquio 2020. O Parapan acontecerá de 23 de agosto a 1º de setembro, e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu em seu planejamento estratégico a meta de manter o Brasil à frente no quadro de medalhas, a exemplo das últimas três edições – Rio 2007, Guadalajara 2011 e Toronto 2015.

“A intenção do Comitê Paralímpico Brasileiro é levar força máxima, ter à disposição seus melhores atletas e equipes para o Parapan de Lima 2019, para novamente alcançar o topo do quadro geral de medalhas. Essa é uma competição estrategicamente importante dentro do ciclo paralímpico, e, por esse motivo, queremos ter o melhor desempenho possível”, disse Mizael Conrado, presidente do CPB. “Há três edições de Jogos Parapan-Americanos que estamos à frente dos nossos principais concorrentes, e temos trabalhado para nos mantermos nesse patamar”, completou.

Para os nadadores, será um desafio a mais, dado que o Mundial em Bornéu será de 29 de julho a 4 de agosto. Ou seja, os atletas terão menos de 20 dias para se recuperar de uma competição de altíssimo nível e também ajustar o fuso horário da Malásia para o Peru, que supera oito horas de diferença.

Já para os representantes do atletismo, a tarefa da temporada 2019 será garantir dois picos de performance num hiato de três meses. O Mundial de Dubai será de 7 a 15 de novembro.

Muito do que o Brasil for apresentar em Tóquio 2020 já poderá ser visto tanto nos Emirados Árabes Unidos como em Bornéu. Especialmente se levarmos em consideração que, das 72 vezes em que os brasileiros subiram ao pódio nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, em 52 delas eram atletas da natação ou do atletismo. E em termos estatísticos, os resultados das duas modalidades no Brasil praticamente emularam os dos mundiais que antecederam ao Rio 2016 (Glasgow, de natação, e Doha, atletismo, ambos em 2015).

Por isso, é possível considerar que entramos agora em 2019, mas Tóquio 2020 já está em curso. E estamos bem.

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Foto: Daniel Zappe/CPB/MPix

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