O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, se pronunciou neste sábado (3) sobre as lutadoras envolvidas na polêmica de gênero dos Jogos Olímpicos de Paris.
O dirigente saiu em defesa das atletas, reforçou considerar inaceitável o discurso de ódio sobre elas e disse que a entidade não entrará em uma guerra político-cultural.
“Estamos falando sobre boxe feminino e temos duas boxeadoras que nasceram como mulheres, foram criadas como mulheres, têm passaporte como mulheres e competiram por muitos anos como mulheres. Essa é a definição clara de uma mulher. Nunca houve dúvida sobre elas serem mulheres”, disse Bach em coletiva de imprensa.
“O que vemos é que alguns querem ser donos da definição de quem é mulher. E só posso convidá-los a criar, com base científica, uma definição, e como alguém pode ter nascido, crescido, competido e ter um passaporte como mulher e não ser considerada uma mulher”, acrescentou.
Imane Khelif, da Argélia, e Li Yu-Ting, de Taiwan, foram liberadas pelo COI para competir em Paris-2024 após serem aprovadas nos critérios médicos. A polêmica surgiu porque elas foram reprovadas, em 2023, em testes da IBA (Associação Internacional de Boxe) – entidade banida pelo COI por falhas recorrentes em integridade e transparência na governança.
“Se eles chegarem a algo, estamos prontos para ouvir, prontos para investigar, mas não faremos parte de uma guerra cultural, às vezes politicamente motivada”, disse o presidente do COI.
“Permita-me dizer que o que está acontecendo neste contexto nas redes sociais com todo esse discurso de ódio, com essa agressão e abuso alimentados por essa agenda é totalmente inaceitável”, encerrou.
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