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#Paris2024: Treinadora de ginasta húngara que fez suposto gesto supremacista pode ser punida? Entenda

Noémi Gelle, técnica da ginasta húngara Fanni Pigniczki, realizou um gesto utilizado por supremacistas brancos durante as apresentações nas classificatórias do individual geral nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, nesta quinta-feira (8).

A treinadora apareceu nas câmeras durante a transmissão com a mão em formato de “OK”, que nos últimos anos passou a ser utilizado por grupos de extrema direita por formar as letras “WP” – White Power (Poder Branco).

Gelle estava sentada nos bancos na área de competição, enquanto aguardava as notas de Pigniczki, quando a câmera focou nas duas. A técnica, então, conectou as pontas do polegar e do indicador, enquanto os outros três dedos ficam para cima.

Treinadora pode ser punida?

Fernanda Soares, especialista em direito desportivo, lembra que o Comitê Olímpico Internacional (COI) vem aplicando medidas de proteção aos direitos humanos, e ressalta que é preciso ouvir o posicionamento de Gelle.

“O COI vem aplicando medidas de proteção aos direitos humanos, demonstrando uma crescente preocupação com o tema. Penso que o caso deve ser estudado e que deva ser dada a oportunidade para que a técnica húngara expresse sua intenção ao fazer o gesto e, se for o caso, entendo como possível a aplicação de uma sanção. Essa sanção é determinada pelo COI e pode ir de uma advertência à uma suspensão”, afirma.

O advogado desportivo Carlos Henrique Ramos entende que a treinadora pode ser denunciada ao Comitê de Ética por infração ao artigo 50 da Carta Olímpica, que proíbe qualquer tipo de demonstração política, religiosa ou racial nos locais de competição, podendo eventualmente ser objeto suspensão por tempo ou até mesmo excluída da competição.

Caso não é o primeiro

Esta não foi a primeira vez que uma polêmica relacionada ao movimento veio à tona durante a Olimpíada de Paris. Na semana passada, um funcionário terceirizado da equipe oficial de transmissão dos Jogos teve sua credencial cancelada após ter feito um gesto associado ao movimento supremacista branco para as câmeras. Em dois momentos em que aparecia ao vivo durante a final do skate street feminino, o homem fez o sinal de “OK” com as mãos.

COI ainda não se manifestou

Até o momento, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não se manifestou sobre o caso da treinadora.

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