Search
Close this search box.

Pena é revista pelo TAS e Manchester City não está fora da Champions League

O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) reviu a pena aplicada contra o Manchester City e decidiu que “não era apropriado impor a proibição de participar das competições de clubes da UEFA apenas pelo fracasso em cooperar com as investigações”. Portanto, o time de Guardiola poderá participar das próximas edições da Champions League, desde que conquiste a classificação (já tem vaga garantida na próxima temporada). Mas o City ainda terá que pagar multa de 10 milhões de euros.

A decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) analisou o recurso do clube inglês contra a suspensão da UEFA, que o excluiu por duas temporadas das competições internacionais por não respeitar as regras do fair play financeiro da entidade. O clube havia sido multado em 30 milhões de euros à época.

Os procedimentos de arbitragem do TAS envolvem uma troca de observações escritas entre as partes enquanto um painel de árbitros é convocado para ouvir a apelação.

No sistema jurídico do esporte, depois de esgotadas as instâncias internas da UEFA, o caminho possível é justamente a TAS. “Por ser o Tribunal a última instância do ponto de vista esportivo, essa é a palavra final no caso”, explica professor Wladimyr Camargos, referência no Brasil nessas disputas internacionais.

O painel que analisou a apelação do Manchester City aconteceu entre os dias 8 e 10 de junho foi composto pelos árbitros Rui Botica Santos, de Portugal, Ulrich Haas, da Alemanha, e Andrew McDougall, da França. A audiência contou ainda com as partes, seus representantes legais, testemunhas e especialistas. A decisão, então, anulou a sentença do órgão fiscalizador da Uefa e entendeu que o City violou o artigo 56 do Regulamento de Fair Play Financeiro. A pena imposta agora foi de 10 milhões de euros, a serem pagos em 30 dias.

Entenda o caso

O Manchester City foi punido em fevereiro, depois de ter cometido “sérias violações” às regras de licenciamento de clubes e fair play financeiro, segundo a UEFA. O órgão fiscalizador financeiro da entidade europeia afirmou que o clube “superestimou sua receita de patrocínio em suas contas e nas informações de equilíbrio enviadas entre 2012 e 2016”, com um agravante, “falhou em cooperar com a investigação”.

O processo começou depois da denúncia do jornal alemão Der Spiegel, que publicou documentos vazados em novembro de 2018, mostrando que o City havia inflado o valor de um contrato de patrocínio, enganando o órgão de governo do futebol europeu. Relatos ao jornal alemão dizem que o City, que sempre negou as irregularidades, enganou deliberadamente a Uefa para que ele pudesse cumprir as regras financeiras do fair play, sem ser punido pelo alto valor investido no futebol.

Compartilhe

Você pode gostar

Assine nossa newsletter

Toda sexta você receberá no seu e-mail os destaques da semana e as novidades do mundo do direito esportivo.