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Pênalti para o Cruzeiro? Pênalti para o Barcelona? Onde estava o VAR?

Copa do Brasil, semifinal da Champions League Feminina, a ausência do VAR em jogos e competições gera questionamentos sobre a ferramenta que tem alto custo, mas se torna cada dia mais essencial para o futebol.

A Copa do Brasil é uma competição em que todos os jogos se tornam decisivos em função de ser o famoso “mata-mata” e o VAR só entra em cena nas últimas fases, diferente do Brasileirão em que se faz presente em todos os jogos.

A Copa do Brasil voltou a ser disputada, após a paralisação em função da pandemia, o Cruzeiro está fora da competição ao empatar em 1 a 1 com a equipe do CRB, o time alagoano havia vencido a primeira partida por 2 x 0. O Cruzeiro reclama de uma possível penalidade não marcada a seu favor, onde há uma disputa entre o atacante Maurício, do Cruzeiro, e o goleiro mais o zagueiro, do CRB. O árbitro em campo tem uma única imagem, sem direito a replay, no caso estava bem posicionado e com clara visão do lance. Vejo o goleiro sair de forma imprudente do gol, mas atingindo primeiro o seu zagueiro, já o atacante depois de tocar a bola pisa no pé do goleiro, se desequilibrando e caindo inclusive para trás. Ou seja, na minha visão, a penalidade não ocorre em função do Maurício se desequilibrar ao pisar do goleiro, onde poderia ter sido até marcada uma falta do atacante. E acredito que essa deve ter sido a visão do árbitro em campo.

Por ser um lance que cabe interpretações, não há erro claro e óbvio, mas sem dúvida que o VAR poderia ajudar através da tecnologia avançada e com ângulos distintos não somente neste jogo como em tantos outros.

Em relação à Champions League Feminina, a questão não é somente não ter o VAR nos jogos da semifinais que aconteceram nessa semana, onde um polêmico lance de pênalti para o Barcelona no jogo contra o Wolfsburg aconteceu, mas principalmente pela diferença da importância dada a Champions Masculina, na qual o VAR esteve presente, em comparação com a Feminina.

Na jogada polêmica, depois da cobrança de escanteio e um desvio no meio do caminho, a bola tocou do braço da zagueira da equipe alemã, que se encontrava aberto, ampliando o espaço corporal. Esse toque, além de rápido, ocorreu no braço que estava virado para a linha de fundo, ou seja, dificultando a visualização do lance pela árbitra e a penalidade não foi assinalada. Com o VAR, provavelmente a jogada seria revista e a equipe catalã um pênalti a seu favor.

Um dos princípios do futebol é a igualdade, algo que o VAR até o momento não trouxe em função do seu alto custo. Mas como escolher ou optar por qual competição usar a ferramenta ou não, já que o grau de importância e a igualdade deveriam ser os mesmos? Sabemos que nem o VAR será capaz se acabar com as polêmicas, porém que ajuda à corrigir erros, não se pode negar.

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