O resultado da perícia médica realizada no zagueiro Dedé foi considerado inconclusiva. De acordo com a ‘Rádio Itatiaia’, o laudo aponta que o jogador está apto a retornar aos treinos individuais e coletivos, mas não cita capacidade de jogar em alto nível. A análise é diferente da apresentada pelo atleta, no fim de abril, com base em uma avaliação médica particular, que atestou capacidade dele atuar em ‘alta performance’.
“O perito oficial considera que Dedé está apto para retorno aos treinamentos no sentido de recuperar condição de jogo, uma vez que encontra-se afastado das competições há mais de 18 meses. A avaliação da recuperação da condição de jogo para retorno ao time em competições dependerá do desempenho do zagueiro nos treinos”, concluiu o relatório.
Dedé, que possui vínculo com o Cruzeiro até o fim de 2021, busca com a perícia médica provar que tem condições de voltar a jogar e assim conseguir a rescisão unilateral do contrato para atuar por outro clube. O defensor não disputa uma partida oficial há mais de 18 meses.
No começo deste ano, Dedé acionou a Justiça do Trabalho para cobrar cerca de R$ 35 milhões do Cruzeiro e pedir a liberação do contrato de trabalho. No primeiro julgamento, o zagueiro conseguiu uma liminar deferida para rescindir com a Raposa, mas em seguida ela acabou sendo derrubada pelo desembargador Paulo Maurício Ribeiro Pires.
“O reconhecimento da rescisão indireta depende de dilação probatória, notadamente porque o litisconsorte encontra-se em gozo de benefício previdenciário e com contrato de trabalho suspenso, em razão de incapacidade laborativa, de modo que a pretensão de rescisão contratual se mostra juridicamente impossível. Entende, pois, necessária a realização de “prova técnica médica” para que seja comprovado o real estado clínico do atleta e sua aptidão para o retorno a competições de alto nível, assim como a compatibilidade do pleito de extinção do contrato de trabalho”, alegou o desembargador para derrubar a liminar.
Dedé passou por uma cirurgia no joelho esquerdo no começo de 2020, após tentar um tratamento convencional desde outubro de 2019. Desde então, não atuou mais.
A Justiça aguarda pelo resultado da perícia para definir o futuro do jogador.
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