Um estudo feito pela Women in Football revelou que dois terços das mulheres que trabalham na indústria do futebol sofreram algum tipo de discriminação, com apenas 12% relatando os abusos. A pesquisa contou com a participação de mais 4.000 membros, tornando-se a maior já realizada pela entidade.
Foi apontado por 52% dos entrevistados que a forma mais comum de discriminação foi o uso indevido de “brincadeiras”. A principal alegação de quem já sofreu algum tipo de descriminação é que ela costuma ser “varrida para debaixo do tapete”, não havendo punições ao infrator.
O presidente do Women in Football, Ebru Koksal, disse que a pesquisa foi feita para mostrar o quanto é dramática a experiência das mulheres no esporte.
“Uma história de preconceito, percepções desatualizadas e bullying direto é demais. Ainda há muito trabalho a fazer para garantir que as mulheres sejam incentivadas a construir carreiras na indústria e é aqui que a WiF continuará a desempenhar um grande papel”, afirmou.
A embaixadora, locutora e comentarista do WiF, Jacqui Oatley, acrescentou que, embora não tenha ficado surpresa com as descobertas da pesquisa, ela teme que as experiências e o resultados compartilhados possam desencorajar as mulheres a seguirem uma carreira na área.
“Você pode ser a garota ou mulher mais louca por futebol do mundo, mas se no início de sua carreira você se deparar com alguém que a julga de forma negativa com base em seu gênero, isso pode te derrubar”, afirmou.
Oatley encorajou as mulheres a relatarem suas experiências e a usar a rede para obter apoio. Na pesquisa, 78% dos membros disseram que se sentiam apoiados pelos colegas no local de trabalho e outros dois terços se sentiam apoiados pelo empregador. Além disso, quase 60% acreditam que a organização celebra o talento feminino.
Crédito imagem: Getty Images
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