Renata Ruel traz a visão da especialista e mostra o que nem todos veem:
“Já observou como as opiniões de comentaristas de arbitragem divergem sobre um mesmo lance? E também como analisam um mesmo lance com imagens distintas? Em um lance de impedimento ajustado, milésimos de segundo de diferença em que a câmera pode ser pausada para análise mudam a visão sobre a situação de um jogador.
Hoje vamos falar do pênalti a favor do Palmeiras na partida contra o Paraná pelo Brasileirão série A.
A imagem da emissora 1 é pausada em um momento distinto da imagem da emissora 2, e as avaliações também se tornam distintas.
Emissora 1
Emissora 2
O comentarista de arbitragem do canal 1 analisa na imagem que o jogador tem os braços junto ao corpo; essa bola bateria em seu peito caso não tocasse em seu braço, e ele não fez nenhum movimento para bloquear a bola – desta forma, não vê penalidade máxima no lance.
Porém, o comentarista da emissora 2 faz sua análise baseado em outro momento da mesma jogada, ou seja, quando realmente a bola toca no braço do defensor, considera que o braço não está junto ao corpo e há um bloqueio – dessa forma, o pênalti foi bem marcado.
Vale lembrar que ambos puderam analisar a imagem diversas vezes sem pressa. O árbitro em campo, nesse caso sem o VAR, fica com a sua única fotografia do lance e tem que decidir em milésimos de segundo.
Por isso a importância de muitas vezes se conhecer a regra e fazer sua própria análise. Com qual imagem você fica e com qual opinião concorda? Não se esqueça de se basear na regra do jogo.”