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Polícia Civil de SP investiga suposto “laranja” em repasse de comissão de contrato envolvendo Corinthians e VaideBet

A Polícia Civil do Estado de São Paulo está investigando a participação de um possível “laranja” envolvendo o pagamento de comissão do contrato do Corinthians com a patrocinadora VaideBet. A informação foi divulgada pela ‘ESPN Brasil’.

De acordo com o site, o caso foi registrado na última semana no Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC) e está sendo investigado pela terceira delegacia responsável por casos de lavagem de dinheiro, sob responsabilidade do delegado Tiago Fernando Correia.

A investigação é por possível crime contra a administração e surgiu com base no artigo 5, parágrafo 3, do Código Penal, que fala: “Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito”.

Esse mesmo departamento já investigou, em novembro do ano passado, por exemplo, possíveis crimes de lavagem de dinheiro no Corinthians, às vésperas da eleição presidencial no clube, sob a gestão do presidente Duílio Monteiro Alves. Na ocasião, nenhuma irregularidade foi encontrada.

Segundo a ‘ESPN’, a expectativa é que os nomes citados na investigação sejam chamados para prestar depoimento nos próximos dias. Isso envolve tanto membros da atual diretoria, a suposta “laranja” e o dono da imprensa que intermediou a negociação.

A possível existência de “laranja” ligada à empresa intermediária do contrato entre Corinthians e a Vaidebet foi revelada pelo jornalista Juca Kfouri, do ‘UOL Esporte’.

Assim que a matéria foi divulgada, o Corinthians enviou à Rede Social Media Design Ltda, que fez a intermediação do acordo, uma notificação extrajudicial cobrando esclarecimentos pelas notícias de transferências, uma no valor de R$ 580 mil e outra de R$ 462 mil, para a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa que teria o nome de Edna Oliveira dos Santos como sócia.

O endereço fiscal da empresa está localizado em um prédio comercial na Avenida Paulista, em escritório do modelo “coworking”, mas que jamais teria sido frequentado por alguém da Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Edna, citada como sócia e que reside na cidade de Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, nega ser dona da companhia.

O ‘UOL Esporte’ citou ainda que os dois pagamentos no valor de R$ 700 mil com intervalo de três dias foram feitos à revelia do diretor financeiro Rozallah Santoro, que estava fora do Parque São Jorge, e autorizados pelo diretor administrativo Marcelo Mariano.

Em nota enviada à imprensa, a Vaidebet disse estar acompanhando o caso e “avalia os próximos passos”.

“A VaideBet informa que tem acompanhado atentamente as publicações e manifestações envolvendo o comissionamento do contrato de patrocínio ao Sport Club Corinthians Paulista, e que desde o mês de abril tem solicitado esclarecimentos sobre o caso.

Durante as últimas semanas, a VaideBet pediu informações ao Corinthians em ocasiões variadas e realizou reunião presencial na sede do clube no dia 8 de maio, além de ter enviado um comunicado à diretoria na última segunda-feira (20).

Desde o primeiro momento, a VaideBet foi contatada por um agente intermediário sobre a possibilidade de se firmar um acordo para patrocínio máster do Corinthians e foi conduzida pelo referido interveniente até a diretoria do clube para o início das negociações. Nunca houve contato com qualquer outra empresa a respeito da negociação para o acordo de patrocínio.

A VaideBet observa com atenção os desdobramentos do atual cenário e avalia os próximos passos”.

Crédito imagem: Divulgação/Corinthians

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