Na última segunda-feira (15), a polícia da França revistou o Ministério das Finanças do país, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de favores fiscais concedidos ao PSG na transferência de Neymar do Barcelona, em 2017. A informação foi divulgada pela agência de notícia ‘AFP’.
De acordo com a agência, os investigadores fizeram buscas em vários serviços da Direção-Geral das Finanças Públicas (DGFIP), dirigida até recentemente por Jérôme Fournel, atual chefe de gabinete do ministro Bruno Le Maire.
Desde setembro de 2022, dois juízes de instrução investigam as táticas de influência atribuídas ao ex-diretor de comunicação do PSG Jean-Martial Ribes.
A Justiça francesa quer saber se o ex-deputado Hugues Renson tentou obter “vantagens fiscais” para o PSG durante a transferência de Neymar do Barcelona. O brasileiro custou 222 milhões de euros (R$ 1,18 bilhão) ao clube parisiense, sendo essa a transferência mais cara da história do futebol.
Em um relatório enviado em 21 de novembro para um juiz de instrução, os investigadores indicam um possível “tráfico de influências” por parte de Renson. Segundo esse informe, que analisa dez anos de mensagens telefônicas, Ribes pediu, “sem espaço para dúvidas, (…) os serviços” do ex-deputado.
Em julho de 2017, o também ex-vice-presidente da Assembleia Nacional afirma que levou uma “questão do PSG” para Gérald Darmanin, então ministro das Contas Públicas e atual ministro do Interior.
Darmanin “considera que está tudo bem (…). O que importa é que sejam apresentados os documentos que mencionamos”, escreve Renson a Ribes.
Em seguida, o ministro celebra, publicamente, “os impostos que Neymar (poderá) pagar na França” e garantiu que seus serviços analisariam a configuração financeira da transferência.
No dia 3 de agosto de 2017, a transferência histórica foi finalizada e Neymar anunciado pelo clube francês.
Crédito imagem: PSG/Divulgação
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