O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quinta-feira (22) a exclusão da Associação Internacional de Boxe (IBA) por falhas recorrentes em integridade e transparência na governança, acusada de manipulação de resultados e corrupção. Apesar da punição inédita, a modalidade está mantida para os Jogos Olímpicos de 2024 e 2028.
“Não temos problemas com o boxe. Não temos problemas com os boxeadores. Apreciamos o boxe como um dos esportes mais globais. Se tivéssemos um problema com os boxeadores, não haveria uma competição olímpica em Tóquio, não haveria competição em Paris. Infelizmente, como você deve ter visto no arquivo, você pode ver que temos um problema extremamente sério com a IBA por causa de sua governança. Como valorizamos tanto o boxe esportivo, acreditamos que os boxeadores merecem ser governados por uma federação internacional com integridade e transparência”, declarou Thomas Bach, presidente do COI.
A decisão foi tomada em sessão extraordinária do Conselho Executivo do COI. A exclusão, proposta pela diretoria da entidade, foi aprovada por 69 dos 80 votos possíveis. Apenas um membro foi contrário.
A IBA estava suspensa pelo COI desde 26 de junho de 2019 e desde então ficou impedida de organizar o torneio de boxe dos Jogos de Tóquio. A associação entregou um documento de 400 páginas para se defender, mas não conseguiu comprovar boa governança no relatório aos membros do Conselho Executivo do COI.
“A IBA não implementou efetivamente em suas práticas e atividades o princípio da boa governança. Em particular, a mudança drástica solicitada na cultura de governança não ocorreu. Portanto, a evolução da IBA ainda não é suficiente para considerar que a atual governança da IBA é efetiva em suas práticas e atividades conforme definido no relatório”, disse Christophe De Kepper, diretor geral do COI.
A decisão não é definitiva e a IBA pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) – última instância da Justiça Desportivo mundial.
Crédito imagem: Reuters
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