A Anistia Internacional, principal organização não-governamental do mundo pela defesa dos direitos humanos, alertou a FIFA a não escolher a Arábia Saudita como sede da Copa do Mundo de 2034. Por ser a única candidata, há grandes chances do país ser o anfitrião.
A ONG publicou seu posicionamento sobre o tema nesta segunda-feira (11), acompanhado de um relatório que trata de problemas de direitos humanos na Arábia Saudita e nos únicos países candidatos à Copa do Mundo de 2030 – Espanha, Portugal e Marrocos (também haverá jogos na Argentina, Paraguai e Uruguai).
Diante desse cenário, a Anistia Internacional aconselha a FIFA a paralisar o processo envolvendo a Arábia Saudita a menos que o país aprove reformas no que diz respeito aos direitos humanos.
“O relatório conclui que nenhuma das candidaturas explica adequadamente como os países anfitriãos vão atingir os padrões de direitos humanos estabelecidos pelas regulamentações da Fifa. Organizações de direitos humanos não foram consultadas, e os riscos são enormes de violações abrangentes e sérias caso a Arábia Saudita seja escolhida”, disse a entidade, em nota.
A ONG chama a atenção para os possíveis custos humanos, direitos trabalhistas de imigrantes, remoções de populações, discriminação de torcedores, além do uso excessivo de força policial e restrição da liberdade de expressão.
O Conselho da FIFA se reúne no próximo dia 11 de dezembro para ratificar as escolhas de Espanha, Portugal e Marrocos para a Copa do Mundo de 2030, e da Arábia Saudia para 2034. A entidade já trata esses países como anfitriões do torneio, até porque foram candidaturas únicas, mas isso ainda não foi 100% oficializado.
Em outubro deste ano, a FIFA definiu que as federações de futebol de cada país não poderão votar em cada candidatura separadamente, mas devem aprovar ou rejeitar as duas em pacote.
Crédito imagem: Reprodução/X
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